CAPÍTULO 17
Rigoberto: E se você tomasse o lugar do seu irmão? Ninguém perceberia afinal de contas, são idênticos... E como minha filha não lhe conhece... é isso! Só há uma forma de você conquistar o amor dos demais: tornar-se VALENTINO!
Cassiano: Mas isso seria um crime.
Rigoberto: Eu lhe darei cobertura. Tenho um plano. Só precisa fazer o que eu mandar. Se se mostrar rebelde como o seu irmão, vai se ver comigo. O que me diz? Você vai ser amado... E muito rico!
Cassiano: Tá bem, prefeito. Eu aceito.
Rigoberto: Muito bem: ouça o que vamos fazer...
(Anoitece. Rigoberto chega em casa. Assim que ele estaciona o carro, ele vê, de longe, Valentino e Julia juntos na calçada da casa)
Valentino: Já marquei a data do nosso casamento. E eu juro, Julia: que só a morte vai poder nos separar!
(Os dois se beijam. Rigoberto vai até Valentino e esmurra ele)
Rigoberto: Como se atreve a beijar minha filha em público? Infeliz! Insolente! Entre, Julia!
Julia: Mas, papai!
Rigoberto: Vai!
(Julia entra)
Valentino: Eu aviso que vou me casar com sua filha.
Rigoberto: Isso nós vamos ver...
(Chega o dia do casamento. Os dois estão diante do juiz. Clarinha está triste)
Valentino: Sim, eu aceito.
Julia: Aceito.
Juiz: Eu os declaro marido e mulher.
(Os dois se beijam)
# UMA SEMANA DEPOIS #
(Valentino está saindo pra trabalhar)
Julia: Já vai, meu querubim?
Valentino: Já, mas não demoro. Só vou ver o padre para acertarmos os últimos detalhes do casamento que será no sábado. No sábado a esta hora, estaremos nos casando.
(Enquanto isso, da Prefeitura, Rigoberto liga para seus capangas)
Rigoberto: Tudo pronto! Começa o espetáculo! É hora de agir!
(Valentino sai de casa e é abordado por um carro e quatro homens que batem nele e o jogam dentro. Eles aceleram e não deixam pistas. Enquanto isso, Julia está em casa e a campainha toca.)
Julia: Quem será?
(Julia abre a porta. É “Valentino”, na verdade Cassiano disfarçado dele. Como nunca o viu, ela o confunde.)
Julia: Esqueceu alguma coisa?
(Cassiano não responde.)
Post. Augusto Freire