(Julia abre a porta. É Cassiano.)
Julia: Esqueceu alguma coisa?
(Cassiano não responde. Enquanto isso, no cativeiro)
Valentino: Eu posso saber o que vocês querem comigo?
Rigoberto (chegando): Surpresa!
Valentino: Você?
Rigoberto: Eu avisei, Valentino, que se não se afastasse de minha filha, iria se arrepender...
Valentino: E o que vai fazer?
(Um dos capangas acerta a nuca de Valentino e ele desmaia. Ouve-se um tiro... Quando acorda, Valentino, percebe que está em cima de um cadáver e repleto de sangue, com a arma na mão.)
Valentino: O que aconteceu? Onde eu estou?
(Entra a Polícia)
Polícia: Cassiano Pires Cavalcantti, você está preso pelo assassinato de Cesariano Medeiros!
Valentino: Esperem, mas eu não matei ninguém! Eu não sou o Cassiano!
Polícia: Isso terá que provar!
(Rigoberto chega a Prefeitura)
Sabino: Como foi tudo, patrão?
Rigoberto: Perfeito! Valentino agora está preso em outro estado onde ninguém o conhece e o que é melhor: acham que ele é o Cassiano.
Sabino: E quanto ao irmão dele?
Rigoberto: Sim, isso será um problema. Tenho que vigiar esta peste. Não vai se aproximar de minha filha. Isso eu juro. Viverão como dois irmãos.
# SEMANAS DEPOIS...
(Julia está em casa e sente um enjoo.)
Cassiano: Qual seu problema?
Julia: Não sei, já faz tempo que estou assim... Será melhor eu ir ao médico...
(Julia sai)
Cassiano: Não... ela não pode estar... grávida. Ela é mulher do meu irmão. Será que... Terá dado tempo? O Rigoberto precisa saber!
(Na prefeitura)
Rigoberto: Maldito! Eu te disse claramente que não tocasse nela!
Cassiano: Eu já disse que não fui eu. Foi o Valentino, ora essa!
Rigoberto: Mas quando, não deu tempo!
Cassiano: Eles passaram uma noite casados, é o bastante!
Rigoberto: O que fazer com esta criança?
Cassiano: Vou criá-lo como meu. E ensiná-lo a obedecer o senhor.
Rigoberto: Faria isso por mim?
Cassiano: Claro.
Rigoberto: Porém... se você falhar, prepare-se para as consequências!
Post. Augusto Freire
