DE JANEIRO A JULHO MORADORES DE ALCÂNTARAS RELATARAM TRÊS EVENTOS
Antiga matriz foi demolida após tremores de 2008 ( Arquivo BPJ) |
Comuns na Serra da Meruoca na última década, os abalos sísmicos
se tornaram rotina na região onde está localizada a falha geológica demonimada ‘Riacho
Fundo’.
Em Alcântaras onde três tremores já foram sentidos em superfície nestes
sete primeiros meses do ano, o último ocorrido na noite da segunda-feira, teve magnitude de 1.7mR, informou a Universidade Federal do Rio Grande do Norte que
também neste ano já catalogou atividade semelhante nas cidades de Paramoti,
Mombaça, Cascavel, Palhano, Irauçuba, Santana do Acaraú, Brejo Santo e Palmácia.
Em todos estes municípios os abalos tiveram magnitude entre 1.5 à 2.8mR e foram
identificados pelas estações sismográficas instaladas no Ceará e que são
monitoradas pela Rede Brasileira de Sismologia. Em Alcântaras onde os eventos
no passado chegaram a causar danos, um
tremor na escala de 4.2 graus balançou a região e foi sentido em Fortaleza.
De acordo com o Laborátório de Sismologia
da UFRN A atividade sísmica na Serra da
Meruoca, no limite dos municípios de Meruoca, Sobral e Alcântaras vem ocorrendo
desde 2008, com períodos de maior ou menor intensidade, mas sempre presente e
que é impossível prever como a atividade
sísmica na região vai evoluir.
A fenda que corta o Granito
Meruoca há alguns anos tem sido tema de estudos por pesquisadores da área, como
feito pela Ms. Ana Catarina (UnB) que destacou em sua dissertação de Mestrado
que a falha situa à borda norte do vale do rio Boqueirão e que tem atividade
antiga.
Redação Online