AINDA NÃO CAIU A FICHA DA REALIDADE
Do blog da ECOS
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Brocas em topos de serra na Região de Milagres |
Parte integrante da Área de Proteção Ambiental da Serra da Meruoca ( APA) desde 2008, o município de Alcântaras convive com uma realidade ambiental que fere os princípios de exploração dos recursos naturais previstos na Lei que rege a Unidade de Conservação situada ao noroeste cearense.
No pequeno município onde mais de 90% do território está inserido dentro da área de abrangência da reserva pertencente a União e administrada pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade ( ICMBio), segundo o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente ( COMDEMA) a ficha parece ainda não ter caído. Com um cenário de constante degradação decorrente das queimadas, poluição de solos, riachos e do uso predatório de áreas direcionadas a criação de bovinos e caprinos o território alcantarense tem assumido uma profunda distinção em relação a Sobral, Meruoca,Massapê e Moraújo quando comparado os índices de degradação, assoreamento e devastação de nascentes, topos e encostas de serra. Os casos mais notáveis continuam a ser observados na região dos Sítios Espírito Santo, Macaco, Belém, São Bento e Milagres onde o que tem restado das serras são amontoados de pedras que oferecem risco de deslizamentos.
Na região do Sitio Milagres, precisamente as margens da CE 241 as brocas só aumentaram nos últimos, e a região considerada para muitos como em estágio de desertificação continua a ser ameaçada pela prática ilegal de queimadas e criação extensiva de grande ruminantes. Sem a devida fiscalização de conselhos, equipes do ICMbio, Ibama e Semace a APA da Meruoca parece em Alcântaras há seis anos continuar somente no papel.
Post.Francisco Freire