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SUPRESSÃO DE APP " ESTÁ MATANDO RIACHOS" EM ALCÂNTARAS

05 março, 2020

Cortada por cursos d’água que nascem nas cabeceiras de serra e que se unem para desaguar no Vale do Coreaú, os poucos riachos que cortam a sede de Alcântaras estão desaparecendo.

 No lugar onde ainda na década de 90 era possível encontrar olhos d’água as margens da CE 240 e Rua Francisco Cunha, logo na entrada da cidade, o crescimento urbano desordenado, associado a descontinuidade de políticas publicas voltadas proteção dos recursos hídricos tem levado a supressão de significativas faixas de área de proteção permanente, que sem vegetação preservada acabaram assoreando riachos como o Espirito Santo, Pau Ferrado e Santana. 

Os efeitos de um problema ambiental que  já tem provocado a obstrução de bocas de lobo, boeiros e até pontes este ano, já provocaram alagamentos em alguns pontos da sede. Apesar de intervenções nessas áreas serem previstas em lei, a retirada de vegetação ou mesmo a construção as margens de lagos e riachos estão subordinadas a aprovação e licenciamento dos órgãos competentes independente da localização ser em área urbana ou rural. 

Do outro lado, enquanto parte da população ignora as leis,os pequenos rios narrados na historia do município, desde o início deste século se tornaram teoria para as novas gerações que já desconhecem pontos de barramentos, lajeiros, a existência de bicas e quedas d’água, mas já presenciaram a seca completa do único açude construído em território municipal.

Redação BPJ Online

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