Cortada por cursos d’água que nascem nas cabeceiras de serra e que
se unem para desaguar no Vale do Coreaú, os poucos riachos que cortam a sede de
Alcântaras estão desaparecendo.
No lugar onde ainda na década de 90 era possível
encontrar olhos d’água as margens da CE 240 e Rua Francisco Cunha, logo na
entrada da cidade, o crescimento urbano desordenado, associado a
descontinuidade de políticas publicas voltadas proteção dos recursos hídricos tem
levado a supressão de significativas faixas de área de proteção permanente, que
sem vegetação preservada acabaram assoreando riachos como o Espirito Santo, Pau
Ferrado e Santana.
Os efeitos de um problema ambiental que já tem provocado a obstrução de bocas de lobo,
boeiros e até pontes este ano, já provocaram alagamentos em alguns pontos da
sede. Apesar de intervenções nessas áreas serem previstas em lei, a retirada de
vegetação ou mesmo a construção as margens de lagos e riachos estão
subordinadas a aprovação e licenciamento dos órgãos competentes independente da
localização ser em área urbana ou rural.
Do outro lado, enquanto parte da população
ignora as leis,os pequenos rios narrados na historia do município, desde o início
deste século se tornaram teoria para as novas gerações que já desconhecem
pontos de barramentos, lajeiros, a existência de bicas e quedas d’água, mas já
presenciaram a seca completa do único açude construído em território municipal.
Redação BPJ Online