PLANTAS ESTÃO MORRENDO POR "FALTA D'ÁGUA"
Plantas nativas e exóticas do maciço residual da Serra da Meruoca,localizada ao noroeste do Ceará estão morrendo pela severa falta d'água na região.
No Estado, onde a quadra chuvosa tornou-se mais irregular nos últimos três anos, muitas espécies trazidas de fora e/ou adaptadas ao clima tem sofrido com o déficit hídrico. Isso ocorre porque, por tratarem-se de plantas caducifolas, a maior parte da vegetação da Serra da Meruoca, mesmo sendo remanescente de Mata Atlântica, também abriga plantas nativas da caatinga.
Em geral, estes vegetais que perdem as folhas no período seco, como alternativa para reduzir o gasto com energia oriundo do processo de fotossíntese. Sem folhas, o cenário da serra, muda rapidamente de cor, passando do verde ao cinzento no período compreendido entre os meses de julho a dezembro. Neste intervalo de tempo, muitas de nossas plantas mantem-se vivas devido as reservas armazenadas no tronco e em suas raízes durante o inverno, que são translocadas pela fisiologia da planta, afim de garantir sua sobrevivência no chamado verão. Entretanto, com regimes de chuvas cada vez mais curtos e irregulares, o mecanismo de brotação, floração e frutificação de muitas espécies tem sido cada vez mais priorizado, pela lei da natureza em manter a perpetuação da espécie, deste modo sem tempo hábil para acumular reservas suficientes para o período de estiagem, devido a redução das precipitações, muitas plantas, inclusive nativas, não tem resistido a falta d'água e deste modo acabam morrendo. Em Alcântaras, por exemplo, a incidência de mortificação de mangueiras, cajueiros, goiabeiras dentre outros tem sido visível nos últimos anos, bem como a queda na produção de frutos de outras plantas.
Post.Francisco Freire
