Clara: Preciso que você assine e encaminhe. Todos já assinamos.
Valentino (assinando): Aí está...
Clara: Perfeito. Agora é só encaminhar.
Valentino: Pode cuidar disso pra mim, Mario? Eu ainda estou meio...
Mario: Tranquilo. Vou agora mesmo.
Valentino: Eu também vou sair.
Clara: Pra onde?
Valentino: Dar uma volta, clarear as ideias...
(Os dois saem.)
Clara: Sei...
(Julia está no manancial da Trindade. Valentino vai até lá encontrá-la)
Valentino: Que bom que te encontrei, precisamos conversar.
Julia: Eu já sei de tudo.
Valentino: Sabe o que?
Julia: Que meu pai te ameaçou se não se afastasse de mim. Sei que ele já sabe. Sei que estou sendo seguida.
Valentino: Julia, eu não quero magoá-la.
Julia: Então vamos lutar por este amor. Vamos mostrar pro meu pai. Vamos fugir daqui e nos casar às escondidas.
Valentino: Mas e seu pai?
Julia: Não me diga que tem medo dele? Você, o revolucionário Valentino Pires Cavalcantti, que não teme ninguém?
Valentino: É que não seria prudente.
Julia: Pode casar comigo, você me ama!
(Rigoberto vai à casa de Valentino. Alma o recebe.)
Alma: Que quer aqui? Se veio nos expulsar da minha casa, eu aviso...
Rigoberto: Não vim pra isso.
Alma: E o que mais um monstro como você faria em minha casa?
Rigoberto: Dobre a língua. Vim tratar de negócios.
Alma: Negócios? Eu e você? Saiba que não me interessa.
Rigoberto: Deveria. É sobre seu filho.
Alma: Que houve com Cassianinho?
Rigoberto: O outro.
Alma: Ah, sei... O outro... O que é que tem?
Rigoberto: Está apaixonado por minha filha.
Alma: Não me diga.
Rigoberto: Isso aí. E venho aqui para saber se estar disposta a me ajudar a separá-los.
Alma: Em troca de quê?
Rigoberto: Das escrituras da fazenda Santa Maria Madalena.
Post. Augusto Freire