Rigoberto: Estou disposto a esquecer a dívida, mas com duas condições...
Valentino: E qual seria?
Rigoberto: Saia da sua “ONGzinha” ambientalista e... afaste-se de minha filha!
Valentino: Será impossível.
Rigoberto: Então aguente as consequências... E lembre-se: você não me conhece, Pires Cavalcantti.
(Rigoberto sai. Cassiano entra.)
Cassiano: O que ele queria?
Valentino: Veio me ameaçar. Mas não sabe com quem está lidando.
(7 dias depois, Valentino volta à ONG. Lá é recebido com uma festa)
Mario: Seja bem-vindo de volta!
Valentino: Obrigado, é bom rever vocês.
Clara: E então, Valentino, como está tudo?
Valentino: Então... veja bem... ainda está sendo difícil pra mim aceitar tudo... Foi assim tão... rápido.
Mario: Dê tempo ao tempo. Tem paciência.
Clara: Sim. Bem, aqui está o abaixo-assinado para pedir a água do manancial ao prefeito Rigoberto. Preciso que você assine e encaminhe. Todos já assinamos.
(Valentino lembra...)
Raúl: Não faça isso, Valentino, por Deus, não faz, eu te peço.
Valentino: Por quê?
Raúl: Ele vai nos jogar na rua. Aquelas águas eram nossas. Mas Rigoberto as tomou como parte de uma dívida que ainda está pendente...
Valentino: Uma dívida?
Raúl: Sim, se eu não pagar... Ele ficará com todas as nossas terras. A fazenda está hipotecada!
Valentino: Mas como foi isso, meu pai?
Raúl: Há muitos anos eu estava passando por um grande problema financeiro. Mas não quis dizer à sua mãe. Então me ocorreu procurar o Rigoberto e lhe pedir dinheiro emprestado. Ele tão logo exigiu uma garantia: todas as minhas posses. Eu concordei, porém, com uma condição.
Valentino: Qual?
Raúl: A nascente eu lhe cederia 05 anos após a aquisição da dívida. E se em 15 anos eu não pagasse, eu perderia aquele território.
Valentino: Onde tenho que assinar?
Clara: Aí no “x”.
Valentino: “Valentino Pires Cavalcantti.” Eu vou recuperar nossas propriedades, meu pai... Eu juro. As águas férteis da Trindade serão novamente da nossa família.
Post. Augusto Freire