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SOBRE AS ELEIÇÕES PARA REITOR NA UVA

22 janeiro, 2013

ESCOLHA DE REITOR NA UVA: CONSULTA AO ESTILO DA DITADURA MILITAR
No dia 15 de janeiro de 2013, os professores da Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA receberam em seus e-mails comunicado e documentos da Reitoria referentes ao processo eleitoral para elaboração da lista tríplice para o cargo de Reitor e Vice-Reitor.

Como já alertamos, o cortejo necessário do processo de açambarcamento do público pelo privado é a total falta de autonomia e de democracia na UVA. As Resoluções nº 01/2013 e nº 002/2013, e a Portaria nº 25/2013-CONSUNI, feitas no período de férias dos docentes e discentes (dia 15 de janeiro de 2013), abrindo o processo eleitoral com as inscrições de chapas previstas para o período de 28/01 a 01/02/2013, e a escolha sendo feita no dia 15 de fevereiro de 2013, procuram de maneira despudorada manter a comunidade universitária alheia a qualquer processo decisório e a qualquer debate sobre os rumos da instituição, marcada de longa data, pelo patrimonialismo e privatismo avassaladores. Estes documentos buscam manter a Reitoria impermeável a qualquer controle da comunidade. Senão, vejamos os fatos e tiremos as conclusões.

O mais recente presente de grego dado pela Reitoria à comunidade universitária é mais um ato arbitrário ao estilo da ditadura militar brasileira, pois tal como naquela, o dirigente máximo é “escolhido” num colégio eleitoral extremamente antidemocrático composto “pelos membros efetivos do Conselho Universitário-CONSUNI, do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão-CEPE e do Conselho Diretor-CONDIR”, conforme a Resolução nº 002/2013-CONSUNI. Os prazos são exíguos para inscrição e para estabelecer qualquer debate sobre o processo — colégio eleitoral e não eleições diretas —, além do fato de a composição dos referidos conselhos ser majoritariamente de representantes da administração da instituição, de representante da Igreja, do governo e de ex-Reitor.

A UECE está comemorando a realização de concurso para mais de 70 vagas, depois de uma consulta para reitor no ano passado; a URCA está festejando o achado de um fóssil que a projetou internacionalmente pela relevância acadêmica dessa descoberta, e, vale destacar que nesta IES o reitor é escolhido de forma direta e paritária desde 2003, enquanto a UVA amarga mais de 20 anos sem consulta direta para reitor.

Como forma de mudar os rumos dessa história, o SINDIUVA vem lutando diuturnamente, e nessa perspectiva, o ano de 2012, foi marcado por várias atividades de sensibilização e mobilização da comunidade acadêmica em torno da Estatuinte, no sentido de mudar o Estatuto da Universidade e a estrutura de poder em seu interior, a forma de gestão e de escolha de seus dirigentes, ou seja, mudanças legais e políticas na estrutura da instituição. Dentre as ações implementadas pelo SINDIUVA, destacamos: mobilização nos campi, com passagens em salas de aula, e atos públicos nos pátios, enfatizando a importância da comunidade acadêmica no processo da Estatuinte e na luta por eleições diretas; participação em programas de rádio esclarecendo não só a comunidade acadêmica, como também a sociedade sobre a justeza de nossas propostas, denunciando a falta de democracia e autonomia na universidade; assembleias para discutirmos e encaminharmos formas de luta contra o Plano Semestral de Trabalho Docente-PSTD; campanha feita nos colegiados de curso contra o controle de freqüência, tendo como resultado positivo a deliberação em vários colegiados da não assinatura do ponto pelos professores, reforçando a luta do sindicato pela autonomia universitária; elaboração de notas de esclarecimento e denúncia sobre o caráter retrógrado do PSTD e de seus efeitos nefastos para a docência, tais como: aumentar a carga horária docente para evitar a realização de concurso para professor efetivo, e o controle gerencial sobre o trabalho docente; a participação do SINDIUVA em reuniões de colegiado para aprovar encaminhamentos contra avaliação docente, de caráter classificatório e ranqueador, realizada pela Reitoria; campanha de filiação; campanha pelos 10% do PIB para a educação; denúncia em programas de rádio sobre a Instrução Normativa de regulamentação dos grupos de estudos, que culminou com mudanças na redação do referido documento, dentre outras.

As nossas lutas não foram somente internas, juntamente com as outras seções sindicais SINDURCA e SINDUECE, retomamos o Fórum das Três, e construímos um instrumento de luta fundamental — o Jornal Palavra de Ordem; participamos da mobilização a “Academia vai ao Palácio”, que teve como desdobramento a conquista de audiência com o governador; participação ativa do sindicato no Grupo de Trabalho, composto pelas seções sindicais das três universidades e representantes das reitorias, representante da SECITECE e Procuradoria Geral do Estado, para discussão e elaboração das minutas pendentes do PCCV, que durou aproximadamente de fevereiro a dezembro de 2012, fundamental para garantir a regulamentação das reivindicações incorporadas no PCCV de 2008. 

Nós, da diretoria do SINDIUVA, continuando a luta e o compromisso que abraçamos no início de nossa gestão pela autonomia e democracia universitárias, repudiamos veementemente este processo de escolha antidemocrático para Reitor, por entendermos que este não representa uma das aspirações mais sentidas da comunidade universitária que é a escolha de seus dirigentes de forma direta e democrática. Nesse sentido conclamamos a comunidade acadêmica a dizer NÃO a mais este golpe contra a UVA, através de uma ampla mobilização, que uma vez iniciada nas redes sociais se amplifique no retorno das férias.

SINDIUVA (SS ANDES)
Estatuinte Já!
Eleições Diretas e Paritárias para Reitor e demais órgãos diretivos!
Autonomia e Democracia Universitárias!
Concurso Público para Professor Efetivo!
Restaurante e Moradia Universitária Já!
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