CISTERNAS DE PLÁSTICO ESTARIAM SUBSTITUINDO AS CISTENAS
DE PLACA E PROMOVENDO A ÍNDÚSTRIA DA SECA
Por Silvania Claudino
Selo de Campanha da Caritas Brasileira |
Crateús Trabalhadores rurais deste Município estão se mobilizando em torno da realização de protesto contra as cisternas de plástico (polietileno). Eles estiveram reunidos, nesta semana, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STTR) e preparam um protesto. Caso seja necessário, eles planejam ir até a capital Fortaleza a fim de protestar contra a decisão do Governo em construir cisternas de plástico ao invés de cisternas feitas de placas. A ideia é mobilizar os 18 sindicatos da região, cerca de 5 mil trabalhadores.
"Nós não aceitaremos essa mudança. As cisternas de placas funcionam bem e trazem oportunidade de trabalho ao homem do campo, que, ao mesmo tempo em que recebe o equipamento, ajuda também a construí-la. E as cisternas de plástico trarão problemas para o meio ambiente e para o homem no futuro, além de ser uma exigência das grandes empresas junto ao Governo, e não geram empregos no sertão", protesta o presidente do STTR, Antônio Ximenes.
O assunto foi pauta de uma reunião com os trabalhadores rurais, que estão preocupados com a possibilidade de o novo equipamento plástico chegar ao Município. Eles são favoráveis à continuidade dos programas de construção de cisternas de placas pelo Governo Federal, tomando como base a grande utilidade dos reservatórios. Querem o reservatório de cimento e concreto, construído em mutirão feito pelos próprios trabalhadores.
"Agora mesmo, em que as chuvas não chegaram ainda da forma que precisamos, muitos agricultores se beneficiam da água acumulada nas cisternas para o seu consumo e da família. Sabemos que é muito útil e que está bom da forma como estavam sendo construídas. Não queremos de plástico, e sim de placa", reitera Ximenes.
O Governo do Ceará, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), anunciou recentemente a liberação de cisternas de placa para vários Municípios. A Assessoria de Imprensa informou que 33.400 cisternas de placa estão em processo de construção e que mais 20 mil serão liberadas ainda neste ano, e mais 25 mil em 2013. Não forneceu números no Estado sobre as cisternas de plástico.
Polêmica
Existe uma polêmica em torno da decisão do Governo Federal, de ter contratado empresas para instalar cisternas de plásticos ao invés das de placas na região do semiárido, com o argumento de apressar a universalização do acesso à água potável nas regiões mais secas. Os problemas começaram no final do ano passado. Em dezembro, em entrevista coletiva com repercussão nacional, a Articulação no Semiárido (ASA) reclamou que o programa "Um Milhão de Cisternas" tinha sido suspenso por iniciativa do Governo Federal.
Além do fim do programa, o Ministério da Integração Nacional divulgou uma parceria, feita por licitação, com uma indústria que produz cisternas, tanques e reservatórios de plástico. A indústria venceu uma licitação e fornecerá 60 mil cisternas de plástico, prontas para serem instaladas. A mudança foi questionada devido ao custo da cisterna de polietileno, que custa mais que o dobro do equipamento composto por placa.
Entidades do Nordeste e norte de Minas Gerais protestaram contra a decisão do Ministério e fecharam, em dezembro do ano passado, a ponte que liga Petrolina a Juazeiro. Eles consideram a compra das cisternas de plásticos como uma forma de promover a indústria da seca.
O Governo Federal, por meio do "Programa Água para Todos" construirá 300 mil cisternas de plásticos e 450 mil de placa, investindo R$ 1,5 bilhão.
"Nós não aceitaremos essa mudança. As cisternas de placas funcionam bem e trazem oportunidade de trabalho ao homem do campo, que, ao mesmo tempo em que recebe o equipamento, ajuda também a construí-la. E as cisternas de plástico trarão problemas para o meio ambiente e para o homem no futuro, além de ser uma exigência das grandes empresas junto ao Governo, e não geram empregos no sertão", protesta o presidente do STTR, Antônio Ximenes.
O assunto foi pauta de uma reunião com os trabalhadores rurais, que estão preocupados com a possibilidade de o novo equipamento plástico chegar ao Município. Eles são favoráveis à continuidade dos programas de construção de cisternas de placas pelo Governo Federal, tomando como base a grande utilidade dos reservatórios. Querem o reservatório de cimento e concreto, construído em mutirão feito pelos próprios trabalhadores.
"Agora mesmo, em que as chuvas não chegaram ainda da forma que precisamos, muitos agricultores se beneficiam da água acumulada nas cisternas para o seu consumo e da família. Sabemos que é muito útil e que está bom da forma como estavam sendo construídas. Não queremos de plástico, e sim de placa", reitera Ximenes.
O Governo do Ceará, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), anunciou recentemente a liberação de cisternas de placa para vários Municípios. A Assessoria de Imprensa informou que 33.400 cisternas de placa estão em processo de construção e que mais 20 mil serão liberadas ainda neste ano, e mais 25 mil em 2013. Não forneceu números no Estado sobre as cisternas de plástico.
Polêmica
Existe uma polêmica em torno da decisão do Governo Federal, de ter contratado empresas para instalar cisternas de plásticos ao invés das de placas na região do semiárido, com o argumento de apressar a universalização do acesso à água potável nas regiões mais secas. Os problemas começaram no final do ano passado. Em dezembro, em entrevista coletiva com repercussão nacional, a Articulação no Semiárido (ASA) reclamou que o programa "Um Milhão de Cisternas" tinha sido suspenso por iniciativa do Governo Federal.
Além do fim do programa, o Ministério da Integração Nacional divulgou uma parceria, feita por licitação, com uma indústria que produz cisternas, tanques e reservatórios de plástico. A indústria venceu uma licitação e fornecerá 60 mil cisternas de plástico, prontas para serem instaladas. A mudança foi questionada devido ao custo da cisterna de polietileno, que custa mais que o dobro do equipamento composto por placa.
Entidades do Nordeste e norte de Minas Gerais protestaram contra a decisão do Ministério e fecharam, em dezembro do ano passado, a ponte que liga Petrolina a Juazeiro. Eles consideram a compra das cisternas de plásticos como uma forma de promover a indústria da seca.
O Governo Federal, por meio do "Programa Água para Todos" construirá 300 mil cisternas de plásticos e 450 mil de placa, investindo R$ 1,5 bilhão.
Fonte: Diário do Nordeste
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