COMUNIDADE DA ÁFRICA MORREM DE FOME POR SEREM IMPEDIDAS
DE RECEBEM DOAÇÃO - UMA FATALIDADE A VIDA HUMANA
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Em geral, esse é o alerta que leva entidades do mundo todo a enviar alimentos, remédios e médicos para atender os necessitados. Isso não ocorrerá na Somália. Seus 3 milhões de habitantes que precisam de ajuda imediata ou morrerão em breve não poderão ser socorridos pela solidariedade mundial porque é esse o desejo da milícia islâmica Al Shabab (em árabe, "a juventude"), que controla o sul do país.
Ligada aos sunitas da Al Qaeda e apoiada pelos libaneses xiitas do Hezbollah, a Al Shabab tem como bandeira livrar a África de qualquer influência ocidental. Em 2009, baniu doações de comida e campanhas de vacinação sob o argumento de que se trata de conspiração para matar crianças. Dezenas de agentes humanitários enviados para cuidar da população local foram mortos.
Assim como a Al Qaeda, à qual se diz subordinada, a Al Shabab tem um discurso que prega o ódio aos ocidentais, mas que na prática aflige o próprio povo, muçulmano em sua maioria. O grupo impede que os habitantes dos locais nos quais exerce seu poder viajem para a capital, Mogadíscio, onde um governo frágil foi montado em junho, ou para a fronteira com outros países, onde poderiam se beneficiar de alguma ajuda internacional.
Todos são confinados a acampamentos precários. Os famintos que às vezes reúnem forças e tentam fugir são fuzilados imediatamente. A milícia também é acusada de desviar o curso de rios dos vilarejos como forma de extorquir os pequenos agricultores. Por causa da ação da Al Shabab, meio milhão de crianças está à beira da fome crônica, que pode levar à morte.
Postagem: Francisco Freire
Fonte PlanetaSustentavel