MOVIMENTO GREVISTA FOI A CÂMARA REIVINDICAR DIREITOS TRABALHISTAS
Depois de oficiar o Ministério Publico na Comarca de Alcântaras solicitando a intermediação do órgão para a solução das negociações entre SINDICAN e Governo Municipal e de protocolar junto a PROCAP em Fortaleza denúncias sobre os gastos públicos em processos licitatórios feitos pela Prefeitura de Alcântaras, dezenas de servidores estiveram nesta Sexta-Feira, 03, na Sessão Ordinária do Legislativo Municipal para protestar contra a demora do Poder Executivo atender a pauta da negociação.
Sem Direito a Voz e sem que quaisquer de seus representantes diretos fizessem o uso da tribuna, os servidores que aderiram a paralisação desde o último dia 22, receberam o apoio e solidariedade de todos os Vereadores inscritos no grande expediente.
Aírton Freire que foi o primeiro a fazer o uso da tribuna declarou total apoio a categoria, enfatizando que o gestor passa e os servidores ficam: Na greve ninguém é oposição ou situação, estamos lutando por direitos e em qualquer gestão se precisar tem que fazer protesto porquê o prefeito sai e o funcionário fica" frisou o vereador.
Régis Barros que em seu pronunciamento também disse apoiar o movimento questionou qual seria o lado do povo que o prefeito estaria? como afirmou um colega da casa, dizendo "Cadê o Prefeito do lado do povo? Se ele estivesse não teria essa greve.. Vocês tem todo o direito de estarem aqui e pedir nosso apoio e, acredito que em breve estarão contando vitória"
José Mauricio que durante todo seu discurso listou gastos feitos pela Prefeitura Municipal em licitações como da merenda escolar, compra de pães, canetas, marcador para quadro branco e materiais voltados a saúde bucal, criticou a alteração da data do pagamento do funcionalismo publico do dia 30 para o dia 10 de cada mês, enfatizando que recursos haveriam e que a gestão deveria respeitar o povo: " Dinheiro tem! mas como disse: ele que foi secretário na gestão passada e ficou contra o povo, agora não ia fica a favor... Tem que respeitar a dor do Povo e não fazer Festa da Dengue ou viajar pro Chile.."
Na mesma sessão Antônio Marcos que foi o penúltimo a fazer o uso da fala criticou a ausência do Prefeito citando vários problemas como a dengue e a seca.O Legislador que ainda enumerou os gastos aplicados na realização dos últimos três Festivais de Quadrilhas disse que o momento não era de fazer festa e que o estatuto do servidor publico seria uma conquista da categoria: " Greve é um direito nosso... Ao invés de gastar com festa pague os direitos dos servidores prefeito!" enfatizou o parlamentar.
Ao fim da sessão que foi tumultuada e que teve várias interrupções por conta com comportamento alterado de alguns vereadores Cleuvilândia Menezes em sua fala disse ter a satisfação em receber os servidores na Casa Legislativa, mas que gostaria que a situação se repetisse por outro motivo e não devido a greve. " Tenho satisfação em receber vocês aqui, pois este é o momento de nos unirmos e nos solidarizarmos, sou testemunha de que vocês tentaram evitar a greve e achei um absurdo não cumprirem o primeiro acordo... Não tenho lado, estou do lado do povo e não quero usar meu mandato para tirar proveito da situação, também não concordei com essa viagem e quando o prefeito voltar vou questionar ele novamente sobre os rumos da greve! finalizou a Presidente da Câmara.
Na sessão que durou cerca de duas horas e meia, quatro requerimentos e dois projetos de lei foram postos em discussão e posteriormente aprovados por todos os vereadores presentes, sendo a requisição de construção e instalação de chafarizes públicos no Sitio Bonfim pelo Vereador Régis Barros e outro de reconhecimento pela elevação da notas do SPAECE por Cleuvilândia Menezes. Já os projetos tratavam da Lei de Diretrizes Ornamentárias - LDO para o exercício de 2016 e outro da reestruturação administrativa da Câmara Municipal.
Post.Francisco Freire
