Capítulo 05
Leonel: Vanesa?
Vanesa: Leonel! Leonel, meu amor!
Leonel: Não se esforce! Dentro de algumas horas o médico virá tirar essas ataduras e você receberá alta. Fique tranquila! Eu estou aqui! Tudo irá bem!
(Enquanto isso, Elizabeth telefona para sua amiga Cora)
Elizabeth: Alô, Cora! Sou eu Elizabeth!
Cora: Ah, Liza! Como vão todos? Fiquei sabendo de Wanessa, que tragédia! E Eliseu?
Elizabeth: É justamente por isso que estou te ligando. Tenho medo que Eliseu entre em depressão. Você sabe que ele nunca foi de muitos amigos. E agora, não tem com quem partilhar esta barra.
Cora: Entendi. Então você quer que eu faça amizade com o Eliseu para que ele possa se distrair, e esquecer um pouco a fatalidade, é isso?
Elizabeth: Isso, pode fazer isso por mim, Cora?
Cora: Claro, Liza! Irei hoje mesmo almoçar aí. E não se preocupe em preparar alguma comida que me agrade. Faça o prato preferido do Eliseu. Você vai ver, juntas vamos tirá-lo desta situação.
Elizabeth: Obrigada! Sabia que podia contar com você.
Cora: Hoje e sempre, Liza.
(Cora desliga o telefone)
Cora: Finalmente eu vou ter a chance de realizar o meu sonho e me casar com aquele ricaço do Eliseu Febermann.
(No Hospital, o Dr. Cualthèmoc entra no quarto de Vanesa)
Cualthèmoc: Como se sente, Vanesa?
Vanesa: Um pouco zonza. Que aconteceu?
Cualthèmoc: Com o acidente você ficou com o rosto desfigurado e teve os olhos vazados. Tivemos que fazer um transplante.
Vanesa: Dos olhos?
Cualthèmoc: Sim. E também passou por uma cirurgia plástica. Mas chegou a hora de sabermos o resultado. Ficará tão ou mais bela quanto antes. Pronta?
Vanesa: Pronta!
(Enquanto isso, na casa de Cora, ela está saindo toda arrumada, Carlota sua mãe pergunta.)
Carlota: Aonde vai toda produzida?
Cora: Digamos que finalmente chegou a mim a chance de me casar com Eliseu Febermann.
Carlota: O que? Como isso?
Cora: Simples. Elizabeth, a irmã, não quer que ele fique solitário durante a viuvez. E quem é que ela quer consolando o irmão carente, diga quem, quem?
Carlota: Vá em frente, filha. Boa sorte.
(Enquanto isso na Casa de Eliseu.)
Elias: Um prato a mais na mesa? Teremos visita?
Elizabeth: Sim. Cora virá visitar o nosso irmão.
Elias (rindo descaradamente): Quer dizer que o viuvinho não perdeu tempo mesmo…
(A campainha toca. Atadolfa, a empregada toma a iniciativa de atender, mas é detida por Elizabeth)
Elizabeth: Não, Atadolfa! Deixe que Eliseu vá.
(Eliseu abre a porta. É Cora.)
Cora: Boa tarde Eliseu!
(Os dois se olham longamente. Enquanto isso, no Hospital, Cualthèmoc começa a tirar os curativos e tapa-olhos do rosto de Vanesa.)
Cualthèmoc: Abra os olhos, Vanesa!
(Ela abre os olhos lentamente)
Cualthèmoc: Diga, você vê alguma coisa? Vê?
Post. Augusto Freire
