***Capítulo
54***
(O
telefone toca, Rosa Maria atende)
Rosa Maria:
Alô.
Evaristo:
Rosa?
Eu quero falar com você! Urgentemente!
Rosa Maria: E
isso quando?
Evaristo: Que
tal jantarmos juntos? Anote o endereço.
Rosa Maria:
Sei
onde fica. Às 8 então. Até lá. Tchau.
(Rosa
Maria desliga o telefone e fala a Ernesto)
Rosa Maria: Eu
não disse? Ele tá minha!
Ernesto: Toma
muito cuidado, Rosa! O Sr. Gouveia e Couto não gosta de ser
contrariado. Ele é muito perigoso. Temo por você.
Rosa Maria:
Acontece
que eu não tenho medo dele! Desde os 10 anos de idade que eu aprendi
a me virar sozinha. Já caí muitas vezes mas também já dei muito a
volta por cima. Passei por muito aperto e dificuldade, e não é um
políticozinho de uma figa que vai me meter medo. Ele pode ter
dinheiro, mas eu também sou rica. Ele pode ter influências, eu
também tenho. Eu tenho que ver o que ele quer.
Ernesto: Rosa,
pelo amor de Deus toma cuidado!
Rosa Maria:
Ainda
bem que... Deus sempre esteve comigo! Ele nunca me deixou só.
(Rosa
Maria sai e vai ao encontro de Evaristo Muniz de Gouveia e Couto. No
Restaurante combinado, Evaristo espera Rosa. Ela chega e senta à
mesa.)
Rosa Maria:
Boa
Noite, Sr. Gouveia e Couto! Estou atrasada?
Evaristo: Não,
Sra. Parker-Smith. Pontual como sempre. Sente-se. Achei que tivesse
sido claro o suficiente ao dizer que para você, nada de Sr. Gouveia
e Couto. Insisto, prefiro que me chame de Evaristo.
Rosa Maria:
Ainda
não me sinto na liberdade de tratar assim o nosso maior benfeitor.
Lembre-se: o senhor não é mais que um benfeitor, e nada me fará
pensar o contrário.
(Evaristo
tira uma pulseira de esmeraldas e brilhantes do bolso e a oferece a
Rosa Maria)
Evaristo: Nem
isto?
(Rosa
Maria pega a pulseira e a admira.)
Rosa Maria:
Nem
isto, Sr. Gouveia e Couto!
(Rosa
Maria joga a pulseira no chão)
Post. Augusto Freire