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NOTAS DE UM DESTINO - CAPÍTULO 02

07 janeiro, 2014


***CAPÍTULO 2 ***
Antonio: Num fiz nada ainda, mais vô fazer, vô te dá a maió surra da tua vida que tu vai te arrepender de ter nascido.
Edvirgens: Não, por favor...
(Quitéria fica na frente da mãe)
Quitéria: Não! Não bate na minha mãe! Só vai bater nela depois que me matar!
Antonio: Marré muito da petulante, mermo... Quem que tu pensa que é pra enfrentar assim teu pai, hein piveta?
Quitéria: E quem você acha que é pra bater na minha mãe?
Antonio: Macho o suficiente!
(Antonio pega a menina nos braços e a joga na cama, avança em direção à esposa para espancá-la, mas é detido por Getúlio que lhe dá um soco na cara. Quitéria assiste a tudo chorando)
Antonio: Você... se astreveu a bater no próprio pai... Um cabra desse num é meu fí... Arruma tuas trouxa e arreda o pé daqui. Inté nunca mais, e se algum dia tu me encontrá no mei da rua, num me peça nem a bênça... até isso eu lhe nego. Eu te deserdo e te amaldiçoo.
Getulio: Eu vou... com muito gosto. Até nunca mais, Antonio.
(Getulio vai embora de casa levando apenas a roupa do corpo, tenta abraçar a mãe, mas é detido por Antonio)
Maria de Lurdes: Pai, num acha que tá sendo muito duro com ele?
Antonio: Se tá com pena, rai com ele. A porta tá aberta.
(Maria de Lurdes tenta alcançar o irmão, deixando Antonio sozinho com Quiteria e Edvirgens, que choram abraçadas.)
Antonio: E tu, traidora maldita, por tua culpa meus fí tão contra eu. Mas agora isso tu vai me pagar com choro e sangue.
(Amanhece. Antonio acorda e pega a chave do quarto)
Edvirgens (acordando): O que está fazendo?
Antonio: Tô pegando as chaves da camarinha.
Edvirgens: Pra que?
Antonio: Pra te trancar aí.
(Edvirgens se levanta e corre para tentar impedí-lo, mas ele é mais rápido e tranca a porta)
Edvirgens: Abre, Antonio, abre!
Antonio: Não! Hoje tu rai ficá aí trancada e sem comer nem beber nada.
Edvirgens: Não, Antonio.
Antonio: Isso não é nada. Quando eu pegar a Quitéria, ela vai saber do que eu sou capaz!
Edvirgens: Não, Antonio, não! A Quitéria não! Me mata mas não faz mal à menina!
(Antonio sai da porta e procura por Quitéria. Ela está indo para a roça. Ao ver o pai vindo em sua direção, a menina se assusta e começa a fugir, mas é pega pelo pai.)
Antonio: Peguei você, sua piveta!
(Em casa, Maria de Lurdes escuta os gritos da mãe e vai socorrê-la)
Maria de Lurdes: Mãe! O que tá fazendo aí?
Edvirgens: O teu pai me trancou aqui.
Maria de Lurdes: Calma, mãe, eu vou tentar soltar você!
Edvirgens: Não, filha! Vai salvar a tua irmã!
Maria de Lurdes: O que foi que aconteceu com a Quitéria?
Edvirgens: O teu pai tá perseguindo ela. Eu tenho medo que ele faça uma besteira!
Maria de Lurdes: Tá! Eu já vou!
(Maria de Lurdes sai.)
Edvirgens: Ai, minha Santa Quitéria! Ajuda, por favor!

Baseada no Argumento Original de: Francisco Freire Caetano Filho
Post. Augusto Freire
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