CAPÍTULO
23
Diana: Acaba
de me ocorrer uma forma de escapar da autoridade do meu pai de uma
vez por todas.
Tamara: Ai,
Diana, não vai fazer besteira!
Diana: Não
é nenhuma besteira, é algo muito simples: CASAR! E, casada, terei
toda a liberdade de tomar as minhas decisões e meu pai não poderá
mais interferir.
Tamara: E
com quem você casaria? Se nem mesmo tem namorado?
Diana: Com
qualquer um, Tamara. Qualquer um serve. Menos aquele que meu pai
escolheu.
Tamara: Já
está começando a dizer idiotices. Eu vou embora. Espero que pense
bem no que vai fazer e não cometa nenhuma loucura.
(Tamara
vai embora. Diana reflete)
Diana: Tenho
que encontrar imediatamente um rapaz que queira casar comigo. Mas
quem?
(Diana
lembra do que Danilo lhe disse no Teatro)
Danilo: Se
precisar de mim, meu nome é Danilo, a seu dispor. Eu faço tudo que
a senhora, quer dizer senhorita precisar. Qualquer coisa...!
Diana:
Mas,
claro! Ele pode me servir!
(Enquanto
isso, Tayana ainda é abordada pela gangue)
Lobo:
O
que é isso aí, são trufas?
Tayana:
Isso
não é da tua conta!
Lobo:
Opa,
não seja tão bruta comigo, gatinha!
Tayana:
Não
me chame de gatinha! Me nome é Tayana. T-A-Y-A-N-A!
Lobo:
Mas
é mesmo uma gatinha, não é mesmo? Porque tá querendo ser melhor
que a gente, gata?
Tayana:
Deve
ser porque eu sou. Eu trabalho pra conseguir o que comer. Não fico
vadiando e roubando no meio da rua que nem vocês.
Lobo:
Você
não rouba? Jura pra mim...
Tayana:
Eu
não tenho que jurar nada. Muito menos pra vocês. E dá licença que
eu tô com pressa.
Lobo:
Não,
gatinha, você não vai ainda. Antes terá que me dar um beijinho.
Tayana:
Mas
nem morta.
(Lobo
rouba as trufas de Tayana)
Lobo:
Escolhe
aí, gatinha. Só te devolvo as trufinhas se você me der um
beijinho.
Tayana:
Tá
bem, Lobo. Eu vou te dar o beijinho.
(Tamara
vai até a empresa de seu pai Arturo Ferrer e fala com Viviana, a
secretária)
Tamara:
Oi,
Viviana, meu pai tá aí?
Viviana:
Sim,
menina. Mas ele está ocupado e pediu pra não ser incomodado.
Tamara:
Eu
sou filha dele, não vou incomodar.
Viviana:
Espere,
não pode entrar.
(Tamara
invade o escritório do pai e o encontra beijando a amante Ariadna)
Tamara:
PAPAI!
Arturo:
Filha,
eu posso explicar.
Ariadna:
Bem,
eu já vou indo. Foi bom ver você, querido... Até mais, lindinha.
(Ariadna
sai)
Tamara:
Pode-se
saber... o que é isso?
Post. Augusto Freire