A licitação serve para conseguir o preço mais justo pelos serviços a serem contratados e pelos produtos que precisam ser comprados

A licitação assemelha-se ao que toda dona de casa está acostumada a fazer: uma pesquisa de preço, ou seja, uma espécie de concurso onde participam todas as empresas que queiram fazer o serviço. Um governante não pode simplesmente ir a uma loja e comprar, por exemplo, os novos tubos para a rede de esgoto e também não pode contratar qualquer empresa para resolver o problema.
A licitação serve para conseguir o preço mais justo pelos serviços a serem contratados e pelos produtos que precisam ser comprados. Da contração de uma empreiteira para fazer um viaduto à compra de lápis que serão usados nas repartições, tudo deve passar por esse processo, que começa com a publicação de um edital: espécie de convite para informar às empresas sobre o que o governo está precisando.
As empresas que se interessarem em atender ao edital enviam propostas informando o quanto cobram pelo produto ou serviço. Cada concorrente não deve saber o valor que o outro concorrente está propondo. Logo, vence a licitação quem apresentar o preço menor.
Às vezes esse processo é muito demorado e isso se torna um problema. As empresas podem discordar das exigências impostas pelo edital e pedir a impugnação. Oo caso pode parar na Justiça e atrasar toda a obra.
“As empresas não conformadas com a decisão da comissão pode entrar com recurso e tudo isso depende de prazo, por isso as licitações demoram tanto para correr. Esses prazos e questões de recursos atrapalham o andamento para o início das obras” explica a diretora de compras da prefeitura de Paulista, Andrea André.
Quanto mais cara a obra, mais demorada pode ser a licitação. Mas existem formas de deixar tudo mais rápido e uma delas é o pregão. “A modalidade pregão tem um prazo mais curto, Então as empresas precisam ser rápida quando a prefeitura realiza essa modalidade”, comenta Andrea.
Existem alguns serviços que a administração vai ter que contratar todos os anos. É o caso das operações tapa buracos, que devem ser feitas durante todo o ano. Nesse caso, o Governo tem que se organizar para não perder tempo e para não ficar discutindo burocracias enquanto os buracos aumentam.
A melhor saída é fazer um registro de preço, assim, sempre que precisar é só chamar aquela empresa que já foi registrada. “Basta que faça registro de preço e atue no sistema de pregão. A administração deve se dinamizar para fazer as obras, contratar os serviços e não ficar sempre com essa desculpa de que a licitação está em andamento, estamos abrindo licitação, que são respostas ruins que a coletividade não suporta”, explica o desembargador Francisco Cavalcanti.
Postagem: PORTAL JOVEM
Informações: Globo Nordeste (Link)