CONHEÇA OS MAIORES 10 VAZAMENTOS DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
Do: Jornal o Estado
Além de colocar, mais uma vez em evidência, a capacidade de contenção imediata dos vazamentos de combustíveis fósseis em águas marinhas, e mais uma vez, expor a riscos incalculáveis, as populações e os ecossistemas do entorno, o vazamento da americana Chevron - Texaco na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, é mais um na estatística de acidentes ambientais envolvendo o derramamento de petróleo, no ano de 2011.
Dia 20 de abril, o mundo foi surpreendido com o derramamento de óleo no Golfo do México – o maior do tipo já ocorrido na costa dos Estados Unidos –, chamou a atenção do mundo inteiro e deixa uma grande interrogação quanto à capacidade das grandes companhias petrolíferas conterem de forma emergencial tais vazamentos. Sabe-se que a maré negra que se espalhou no Golfo, desde a explosão e o afundamento da plataforma da British Petrolium (BP), causou danos ambientais de grande alcance.
Se o vazamento da BP demorasse um pouco mais para ser controlado, talvez sua grandeza de impacto, se igualasse às do Exxon Valdez, que entrou pra história não como um dos maiores acidentes petrolíferos, mas como um dos mais graves e emblemáticos acidentes ambientais. Em 1989, a embarcação americana contaminou 2.000 quilômetros de um litoral intocado, matando milhares de aves marinhas, focas, lontras e orcas. Duas décadas depois, ainda restam 95 mil litros de óleo na região, a maior parte debaixo da terra, segundo um estudo publicado em janeiro na revista Nature Geoscience.
Em outubro passado, o vazamento de óleo de um navio cargueiro, com bandeira da Libéria, encalhado na costa leste da Nova Zelândia foi cinco a dez vezes maior que o estimado, inicialmente, tornando-se no pior desastre de poluição marítima ocorrido até hoje naquele país, como informou o ministério do Meio Ambiente neozelandês. O navio encalhou a cerca de 12 quilômetros do litoral da Nova Zelândia e carrega 1.700 toneladas de petróleo, além de quatro contêineres de uma substância tóxica de ferro-silício.
Os dez maiores acidentes petrolíferos da história, suas cronologias e dimensões de vazamento
1. Guerra do Golfo, Kuwait, Golfo Pérsico (janeiro/1991)
Volume: 1 milhão e 360 mil toneladas (753 piscinas olímpicas).
O pior vazamento de petróleo da história não foi propriamente acidental, mas deliberado. Causou enormes danos à vida selvagem no Golfo Pérsico, depois que forças iraquianas abriram as válvulas de poços de petróleo e oleodutos ao se retirarem do Kuwait.
2.Ixtoc I, Campeche, Golfo do México (junho/1979)
Volume: 454 mil toneladas (251 piscinas olímpicas).
A plataforma mexicana Ixtoc 1 rompeu-se na Baía de Campeche, derramando cerca de 454 mil toneladas de petróleo no mar. A enorme maré negra afetou, por mais de um ano, as costas de uma área de mais de 1.600 km2.
3.Poço de petróleo Fergana Valley, Uzbequistão (março/1992)
Volume: 285 mil toneladas (158 piscinas olímpicas).
Trata-se de um dos maiores acidentes terrestres já registrados. Em março de 1992, a explosão de um poço no Vale da Fergana afetou uma das áreas mais densamente povoadas e agrícolas da Ásia Central.
4.Atlantic Empress, Tobago, Caribe (julho/1979)
Volume: 287 mil toneladas (159 piscinas olímpicas).
Durante uma tempestade tropical, dois superpetroleiros gigantescos colidiram próximos à ilha caribenha de Tobago. O acidente matou 26 membros da tripulação e despejou milhões de litros de petróleo bruto no mar.
5.Nowruz, Irã, Golfo Pérsico (fevereiro/1983)
Volume: 260 mil toneladas (144 piscinas olímpicas).
Durante a Primeira Guerra do Golfo, um tanque colidiu com a plataforma de Nowruz causando o vazamento diário de 1500 barris de petróleo.
6. ABT Summer, Angola (maio/1991)
Volume: 260 mil toneladas (144 piscinas olímpicas)
O superpetroleiro Libéria ABT Summer explodiu na costa angolana em 28 de maio de 1991 e matou cinco membros da tripulação. Milhões de litros de petróleo vazaram para o Oceano Atlântico, afetando a vida marinha.
7.Castillo de Bellver, África do Sul (agosto/1983)
Volume: 252 mil toneladas (139 piscinas olímpicas).
Depois de um incêndio a bordo, seguido de explosão, o navio espanhol rachou-se ao meio, liberando cerca de 200 milhões de litros do óleo na costa de Cape Town, na África do Sul. Por sorte, o vento forte evitou que a mancha alcançasse o litoral, minimizando os efeitos ambientais do desastre.
8.Amoco Cadiz, França (março/1978)
Volume: 223 mil toneladas (123 piscinas olímpicas)
Um dos piores acidentes petrolíferos do mundo aconteceu em 1978, quando o super tanque Amoco Cadiz rompeu-se ao meio perto da costa noroeste da França. O vazamento matou milhares de moluscos e ouriços do mar. Esta foi a primeira vez que imagens de aves marinhas cobertas de petróleo foram vistas pelo mundo.
9.M T Haven, Itália (abril/1991)
Volume: 144 mil toneladas (79 piscinas olímpicas).
Outro superpetroleiro, o navio gêmeo do Amoco Cadiz explodiu e naufragou próximo da costa de Gênova, matando seis tripulantes. A poluição na costa mediterrânea da Itália e da França se estendeu pelos 12 anos seguintes.
10.Odyssey, Canadá (setembro/1988)
Volume: 132 mil toneladas (73 piscinas olímpicas).
O poço petrolífero localizado na província canadense de Newfounland explodiu durante uma operação de perfuração da plataforma americana Odyssey. Uma pessoa morreu e outras 66 foram resgatadas sem ferimentos.
Postagem: blog Portal Jovem
Fonte: Jornal o oestadoce.com.br