Capítulo 7: “Embalos do sábado à noite”.
No passado, em Alcântaras, as discotecas faziam a diversão da juventude. Os homens compravam, no comércio, um pouco de perfume antes de entrarem no clube, e era o próprio comerciante que perfumava os clientes, e ainda emprestava um pente para os rapazes pentear os cabelos.
Para a diversão, não havia a necessidade de se ter bebida alcoólica, mas sempre havia alguém com uma banca, e em vez de cachaça, tinha um balde cheio de suco e pedaços de bolos. Durante a discoteca, as pessoas compravam um pedaço de bolo e um litro de suco; as pessoas tomavam o suco na mesma garrafa vazia que estava em cima da banca, não era descartável. Quem frequentava os bares, quebrava os copos no meio da rua para chamar a atenção das moças que passavam por alí, depois tinha que encarar o dono do bar que havia perdidos seus copos. Porém, a principal diversão nas noites eram as músicas que faziam todos dançarem, sem álcool, transpirando até o sol raiar.
Texto : Aderson S. Alcântara