PORTAL JOVEM E SAUDE PÚBLICA
No Brasil diversas campanhas são promovidas anualmente com o intuito de alertar e educar a populaçao principalmente para os assuntos na qual dis respeita a saúde publica, no entanto apesar de ser notável a participação popular, a grande maioria desconhece as verdadeiras causas e/ou riscos sob pela qual a campanha está sendo executada. Tendo em vista esta problemática a equipe do blog Portal Jovem lança hoje o quadro " FIQUE POR DENTRO", ou seja, a cada nova quinta-feira estaremos publicando um artigo explicando de forma mais abrangente o porquê da realização de algumas campanhas no Brasil e quais os benefícios que estas garantem à população.
Sendo assim, iniciaremos nosso quadro falando de :
FREBE AFTOSA
Banner de Campanha no Ceará |
No Ceará a primeira etapa da campanha de vacinação de rebanhos contra a Febre Aftosa foi lançada no dia 03 de Maio. Mas afinal você sabe o que é a Febre aftosa e o que ela pode causar?
Febre aftosa uma enfermidade que acomete bovinos, ovinos, caprinos e suinos, que são contaminados por um vírus da família Picornaviridae, gênero Aphthovírus. , além destes outros animais de cascos fendidos tambem podem contrair a doença,inclusive os humanos.
Atualmente são conhecidos 7 tipos diferentes de vírus que provocam a enfermidade, sendo o sorotipo "O" o mais comum no Brasil. Nos animais como bovinos e suinos os sinais clinicos são mais severos, entretanto ovelhas e cabras desenvolvem infecções subclínias ( inaparentes).Os animais acometidos pela FA apresentam febre alta que cai do 2º ao 3º dia. Em seguida aparecem pequenas vecísculas(bolhas) na mucosa da boca, narina, laringe, laringe e na pele que circunda o casco destes animais; com o tempo estas bolhas se rompem e o tecido fica à mostra (ferimentos) ficando assim o vírus em contato direto com o meio ambiente; o animal passar a salivar excessivamente, mancar em função da feridas originadas do rompimento das vesículas, deste modo o mesmo para de alimentar-se e locomover-se o que rapidamente provoca seu emagrecimento.
Geralmente somente animais jovens como os bezerros chegam a morrem quando acometidos pela FA. No entanto apesar da Febre aftosa ter uma taxa de letalidade baixa, a mesma acomete na grande maioria todo o rebanho,devido sua alta taxa de morbidade. Apesar dos animais se curarem da enfermidade, este tornam-se convalescentes assintomáticos o que pode comprometer todo o rebanho novamente após a perda da imunidade ( contra a doença/ vacinação) o que ocasionalmente gera prejuizos ao produtor, sendo o mais indicado sacrificar e enterrar todos os animais que desenvolverem a doença.
Apesar do homem raramente contrair a doença, a Febre Aftosa é considerada uma zoonose e, por isso todo o rebanho nacional deve ser vacinado anualmente ( em duas etapas) para que haja um maior controle e um menor nível de incidência da doença, garantido a produtividade no campo e aumentando a disponibilidade de alimentos.
Febre Aftosa em humanos
Embora o homen raramente se infecte e adoeça, sendo este um hospedeiro acidental. A transmissão ocorre por contato com animais enfermos ou material infeccioso, através de lesões mínimas, por exemplo, arranhões e erosões da pele, pelos quais o vírus penetra no organismo ou pela ingestão de leite não pasteurizado. A contaminação humana devido à ingestão de carnes e produtos cárneos não foi comprovada. A transmissão entre seres humanos também não foi relatada.
A infecção no homem pode ocasionar uma enfermidade clinicamente aparente ou pode ser assintomática, diagnosticada apenas por provas sorológicas. Acredita-se que para produzir a infecção em humanos, deva haver exposição massiva ou causas predisponentes que alterem a suscetibilidade do indivíduo.
Na fase inicial observa-se febre, dor de cabeça e anorexia. A vesícula primária aparece no local de penetração do vírus e logo se generaliza, com formação de aftas secundárias na boca, mãos, e pés. Quando não há contaminação bacteriana secundária, o paciente se restabelece em cerca de duas semanas. Clinicamente a aftosa pode ser confundida com outras enfermidades vesiculares, por este motivo, invalida qualquer diagnóstico realizado apenas com base clínica, sem a confirmação laboratorial. É importante salientar que apenas 40 casos foram documentados com isolamento e identificação ou pela comprovação de anticorpos no sangue de pessoas recuperadas. E a maior parte desses casos foram registrados na Europa, onde as fontes mais freqüentes de infecção decorreram de acidentes de laboratório e infecção em ordenhadores, que foram expostos por contato direto, através de feridas cutâneas da mão durante a prática da ordenha de animais infectados. Há poucos registros de enfermidade por ingestão de leite cru, infecção adquirida em matadouros, e por manejo de animais doentes durante a colheita de material infeccioso.
A prevenção da enfermidade no homem, consiste, sobretudo no controle da enfermidade nos animais domésticos. Para prevenção individual, recomenda-se proteger as feridas ou abrasões das pessoas em contato com animais enfermos ou com materiais contaminados com o vírus e pasteurizar ou ferver o leite.
As pessoas podem ter um papel muito importante na transmissão mecânica do vírus aos animais, pelas vestimentas, calçados e mãos contaminadas, uma vez que o vírus pode sobreviver durante vários dias no meio ambiente.( Autor: Edviges Maristela Pituco - Médica Veterinária e Pesquisadora Científica)
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Texto: Francisco Freire C.Filho ( graduando em Zootecnia pela UVA)
com informações do sites: Wikipédia e Portaldaeducacao.com