Médica trabalha no PSF do Bairro Caldeirão ( Foto Freire Filho) |
Os efeitos do rompimento de cooperação no Programa Mais
Médico com o Brasil, anunciado pelo Governo Cubano na última quarta-feira (14)
deverá impactar na carência de cerca de 8.556 médicos em todo o Brasil que
deverão deixar municípios brasileiros após o Ministério da Saúde de Cuba
decidir sair do programa social criado em 2013 pelo Governo Dilma.
No
Ceará onde 182 cidades contaram em média com 500 profissionais cubanos durante estes
cinco anos de existência do programa, na cidade de Alcântaras a decisão vai impactar
diretamente no funcionamento do Posto Shigueo Nakamura, onde estava lotada a
cubana Dr. Marleides Prietro Garcia.
Procurada, a Secretaria de Saúde do Município informou que o
Ministério da Saúde está tomando as providências e que a outra médica do
Programa, Dra. Kelly permanece atendendo em Carmolândia. " Todos
lamentamos a saída dos médicos cubanos. Eles residem no município, têm
compromisso e dão assistência à população" destacou Elizete Guimarães ao frisar que a médica
estrangeira que residia na cidade desde janeiro de 2017 estaria de férias.
Em
nota a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) responsável por intermediar a
cooperação entre ambos os países disse que decisão de Cuba levou em
consideração as declarações feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro e que
não foi informada quando os médicos do país deverão deixar o Brasil. Por
mensagem a médica cubana, disse a reportagem que não voltará ao Brasil e ao
município serrano, e que lamenta o
ocorrido. “Boa noite! tristemente não retorno por causa disso [suspensão da
cooperação]” escreveu Dra. Marleides.
Post.Francisco Freire