"É PRECISO CORTAR O MAL PELA RAIZ"
Em meio ao que no meu ver soa como um "falso debate" de que a maioria é puramente contra a corrupção ora escandalizada pela grande mídia e que em geral envolve nomes dos mais alto escalão do poder, me dedicarei nessas poucas palavras, enquanto cidadão, eleitor e brasileiro a expor meu pensamento a cerca de que o combate a corrupção não seja algo exclusivamente da competência da Polícia Federal, do Poder Judiciário ou mesmo da Força Militar como alguns colegas defendem.
Nestes poucos anos de conhecimento construídos na minha vida enquanto votante, reforço que o mal que atinge Brasília é o mesmo que há décadas foi se enraizando em muitas de nossas cidades, dentro de algumas empresas, ou porquê não citar no modelo de vida de nós brasileiros que achamos por certo e politicamente correto julgar fulano ou cicrano que está no poder, enquanto no menor de nossos atos, despercebidamente também apoiamos a corrupção ao colar em uma prova na escola, na faculdade. No momento em que buscamos furar a fila em um banco, em um refeitório; que se buscam formas para burlar a Lei, para se tirar vantagens pelo apadrinhamento, pelas peixadas em empregos, pela proximidade familiar, ideologia religiosa ou partidária ou mesmo ao sentar no local destinado ao assento prioritário em um transporte coletivo dentre tantos outros exemplos que aqui eu poderia citar dentro do famoso "jeitinho brasileiro".
Sem aqui em momento algum me eximir, que também por descuido cometi e/ou estou sujeito a cometer algum destes tropeços, questiono aos milhares e milhares de brasileiros como é possível apontarmos A, B ou C como a solução para o problema de natureza política que contaminar os mais variados aspectos da sociedade e que sem sombra de dúvidas é visto com um iceberg, onde muitos por conveniência só olham a ponta. Como é possível sairmos as ruas e gritar por "moralidade e ética na política" quando é sabido que nenhuma planta que der mal frutos será curada podando apenas os galhos, mas sim cortando o mal pela raiz...
Por.Francisco Freire
