***Capítulo
65***
Dona Memê: E
o que o Sr. Prefeito deseja de mim? Diga, terei muito prazer em
servi-lo.
Rosa Maria: Simplesmente
foi eleita a mais ilustre quiteriense de todos os tempos. Será
homenageada numa cerimônia memorável e receberá seu título das
mãos do Sr. Prefeito.
Dona Memê: Me
sinto lisonjeada. E quando será?
Rosa Maria: A
data ainda está a confirmar. Mas... Tem umas coisa, Dona Margarida.
Não conte isso a ninguém.
Dona Memê: Por
que?
Rosa Maria: Porque
o resultado ainda não foi divulgado oficialmente. De forma, que essa
informação vazou por mim e só nós duas sabemos. Se mais alguém
sabe, eu perco meu emprego. Por
isso
não
conte
a mais ninguém.
Dona Memê: A
ninguém mesmo eu posso contar?
Rosa Maria:
Está
bem... há uma única pessoa que pode saber: sua enteada... parece
que se chama... Josefina, não! Quitéria! Assim se chama ela!
Dona Memê:
Quitéria
não é mais viva!
Rosa Maria:
Que
pena... Então mais ninguém pode saber! Ela era a única.
Dona Memê:
Espere,
Quitéria tem uma irmã ainda viva: Maria de Lurdes. E ela? Pode
saber?
Rosa Maria:
Ah,
claro! A Maria de Lurdes! Bom, eu não vejo problema algum, mas só
cumpro ordens.
(No
hotel onde está hospedada, Rosa Maria arquiteta seu plano:)
Rosa Maria:
“Elas vão me
pagar... E falta pouco. Minha vingança será tamanha que até eu
tenho medo!”
(Dona
Memê liga para Maria de Lurdes)
Maria de
Lurdes: Alô!
Dona Memê:
Adivinha
quem é a maior quiteriense de todos os tempos? Euzinha aqui. Acabei
de saber que ganhei o concurso e que vou receber o prêmio das mãos
do prefeito.
(A
campainha do quarto de Rosa Maria toca. Ela abre. É Ernesto.)
Rosa Maria:
Você?
Ernesto: Sim,
sou eu.
Rosa Maria: O
que faz aqui?
Ernesto: Vim
impedir você de se vingar e cometer esta loucura.
(Enquanto
isso, em Brasília. Berenice vai até a ONG procurar Ernesto.
Gertrudes a atende.)
Berenice:
Gertrudes,
pode chamar o Ernesto aqui?
Gertrudes: Ele
não te contou?
Berenice: O
que?
Gertrudes:
Ernesto
foi a Santa Quitéria procurar Rosa Maria.
Berenice: Não
acredito! Isso é o cúmulo!
Post. Augusto Freire