***Capítulo
57***
Ernesto: De
onde você vem?
Rosa Maria: Do
escritório do Sr. Gouveia e Couto. Fui propor a ele uma aliança.
Ernesto: Rosa,
meu Deus! Você tá entrando num caminho sem volta. Ele é um homem
perigoso. Toma cuidado com ele.
Rosa Maria:
Ele
que se atreva tentar algo comigo e vai ver do que Quitéria Garcia é
capaz...!
Ernesto: Quem?
Quitéria Garcia? Quem é ela? Responde, Rosa! Quem é essa Quitéria
Garcia?
Rosa Maria:
Minha
advogada! Se ele tenta algo contra mim, ele vai se ver comigo, na
justiça.
Ernesto: Ah!
(O
telefone toca. Rosa Maria atende. É Evaristo)
Rosa Maria:
Alô.
Evaristo:
Quero
convidar a mais bela dama de todo o Distrito Federal a ser minha
acompanhante na festa das Bodas de Ouro do Casal mais requintado da
Cidade: Os Senhores Demontier Azevedo e Clara Duque de Azevedo. Neste
sábado à noite, faço questão de ir buscá-la.
Rosa Maria:
Pois
eu aceito!
(Rosa
Maria desliga o telefone.)
Rosa Maria:
Ernesto,
vamos às Bodas de Ouro do Casal Duque de Azevedo com o Sr. Gouveia e
Couto.
Ernesto: Tem
certeza que ele me convidou?
Rosa Maria: Eu
não saio com ele se você não for, portanto, arrume-se, pois você
vem comigo. Ah, outra coisa. Sabe quem pode me indicar uma boa
cabeleireira?
Ernesto:
Claro,
a Gertrudes, da ONG. A filha dela, Marion tem um salão.
Rosa Maria: Eu
só lamento não ter trazido um vestido adequado para a ocasião.
Ernesto: Isso
é o de menos: alugue um.
(Sábado
à noite, Evaristo vai à casa de Rosa Maria buscá-la. Ele toca a
campainha. Ernesto atende.)
Evaristo:
Perdão,
eu pensei que Rosa morasse sozinha.
Ernesto: E
ela mora!
Evaristo: Ah,
então você deve ser o mordomo, não é?
Rosa Maria
(chegando):
Não,
Sr. Gouveia e Couto. Ele é meu amigo. E essa noite, meu convidado de
honra. Creio que já podemos ir.
Evaristo:
Espere.
Eu não me lembro de ter dito que você podia convidar outra pessoa.
Rosa Maria:
Também
não disse que não podia... E eu não arredo o pé daqui se ele não
for conosco. Bem, como é que vai ser? Decida-se! Não tenho todo o
tempo do mundo e... eu não quero perder nenhum minuto da festa!
Post. Augusto Freire
