***Capítulo
47***
Rosa Maria:
Alô!
Dona Memê:
Quitéria,
meu amor! Parabéns por ter sido eleita!
Rosa Maria: O
que você quer?
Dona Memê:
Pssst!!!
Veja como fala comigo... Sou sua madrinha. Bem, eu quero vender meu
silêncio. Agora que você foi eleita Rosa Maria, seria decepcionante
para o povo descobrir que quem assume o cargo é uma mentirosa
chamada Quitéria. Por isso, amor, molha a minha mão. E não é
qualquer trocado. É grana alta. É muita grana.
(Rosa desliga o telefone na cara dela. No dia
seguinte, Rosa chega ao Conselho Tutelar e vê Cosme humilhando
Getulio, Maria de Lurdes e Antonio)
Cosme: Sim,
vocês que estão aqui por pura esmola de Rosa Maria Parker-Smith!
Fora! Rua! Estão demitidos!
Rosa Maria: O
que está acontecendo?
Cosme: Só
estou te mostrando quem manda aqui.
Rosa Maria: Eles
são meus funcionários. Eu os contratei! E não serão expulsos
daqui por culpa de uma vingança estúpida de sua parte!
Antonio: Não
adianta, dona Rosa, nós iremos embora mesmo.
Rosa Maria: Não!
Vocês ficam! É ele que deve
sair.
Cosme: Você
não é ninguém pra me dar ordens, Parker-Smith!
Rosa Maria: E
quem você acha que é para destratar a minha família?
Getúlio: O
que disse?
Rosa Maria: Eu?
Não... Nada! Eu não disse nada!
Getúlio: A
senhora disse minha família! O quis insinuar com isso? Não! Você
é...
Antonio: Não
posso acreditar... é você mesmo?
Maria de Lurdes: Se
for ela mesma... Não! Não pode ser! Eu devo o meu emprego a …
você?
Rosa Maria: É!...
É verdade!... Sou eu mesma!... Quitéria Garcia!... A Filha que você
maltratava!... A irmã que vocês venderam!
Cosme: Que
palhaçada é essa? Mais um golpe sujo, Rosa Maria?
(Entra Dona Memê)
Dona Memê: Ela
não lhe dirá nada, senhor, mas eu sim!
Rosa Maria: Tem
razão, sua ladra de crianças, eu só estava esperando que você
caísse na minha armadilha pra te meter na cadeia... Eles já sabem
de tudo!
Dona Memê: O
que? Como assim?
Rosa Maria: Sim!
Eu mesma contei! Tanto minha família como Cosme já sabem que eu
sou: QUITÉRIA GARCIA. O que falta saberem é... como eu virei Rosa
Maria Parker-Smith. É aí que você entra, sua chantagista. Então,
você ainda quer contar? Ou eu faço as honras?
Post. Augusto Freire