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PARA REFLETIR: O RITMO DA MODERNIDADE

16 agosto, 2013

Não adianta: ninguém escapa do seu próprio tempo

"Não quero mais ação, só quero promessas", assim eu protestava se fosse um grafiteiro e houvesse um muro bem grande para mim escrever no coração da cidade. A essência da frase que iniciei este post dar para ter a ideia da inversão da lógica natural, que é uma marca dessa geração: a velocidade da transformação, a tempestade de ideias, a multiplicação das novidades. 

Vivemos uma angústia, uma perplexidade, pois nossa vida está acelerada demais. Os tempos não andam mais, eles correm. Não há mais espaço para doutrinas, mas para mensagens de consumo rápido. Ninguém tem tempo para sinfonias, mas para jingles. Até conversar nas calçadas com os amigos tá complicado, agora se usa breves sms's, ou mensagens rápidas no facebook.

Dessa forma, podemos dizer que vivemos em uma grande crise existencial, não conseguimos mais ser tão eficientes e prazerosos, mas sim compactos e instantâneos. Paralelamente a isso observamos a frequente injustiça passeando pelas ruas com passos firmes e a insegurança tornando cada vez mais a característica da nossa era; uma grande massa de "gentes" ficando para trás, escondida nas periferias das tecnologias ou nem mesmo acompanhando o ritmo. O Capitalismo desenfreado e desumano aterrorizando o planeta dar ares de nebulosidade.

Na aflição da vida acelerada, afogado nos acontecimentos, não pode o intérprete beneficiar-se do distanciamento crítico em relação ao fenomeno que lhe cabe analisar. Ao contrário, deve procurar ser autônomo e operar em meio ao grande autódromo vital. Capitalismo, dinheiro, sucesso, fama, corrupção, violência, morte, desumanização... 

Alguém pode até querer fugir do status atual moderno. Procura consolo e esperança. Mas não tem como fugir do ritmo. Não adianta: ninguém escapa do seu próprio tempo.

Texto: Douglas Alcântara
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