***CAPÍTULO 11***
(Antonio abre o
guarda-roupa e pega o vestido de noiva de Edvirgens, estende-o na cama, ajoelha
e começa a beijá-lo, chorando sem parar.)
Antonio: Não era
assim que eu queria! Por que, Edvirgens? Eu sempre te amei! O meu mal era a
bebida!
(Os filhos chegam e veem
o estado do pai, porém o observam calado.)
Antonio: Mas eu
poderia ter mudado. Se você voltasse, eu faria tudo diferente.
Getulio: Tudo bem
com o senhor, pai? Digo, por que tá beijando o vestido de noiva da mãe?
(Antonio abraça os três
filhos e começa a chorar.)
Antonio: Meus
filhos, a sua mãe... sua mãe tá morta! Tá morta! Morta!
Maria de Lurdes: Não,
Pai, não é verdade!
Quitéria: Cadê a
mamãe, pai! Diz que é mentira! Diz que ela tá viva!
Antonio: Eu não
posso.
(Quitéria sai chorando e
gritando:)
Quitéria: Mãe!
Mãe! Mãe!
(Dias depois, após o
enterro de Edvirgens, Antonio pega uma garrafa:)
Getulio: Que vai
fazer, pai?
Antonio: Me
consolar!
Getulio: Já
chega, pai! O senhor não muda mesmo! Quer saber, eu tomei uma decisão!
Antonio: Vai, sai
daqui, me deixa em paz!
(Getulio sai da cozinha
e vai até o quarto das irmãs. Ele bate na porta:)
Getulio: Abre,
Maria de Lurdes!
(Maria de Lurdes abre a
porta, Getulio entra e senta na cama)
Maria de Lurdes: O
que foi agora, Getulio?
Getulio: Cadê a
Quitéria? Essa menina não pode mais viver aqui! Pelo bem dela, pra ela ser
alguém na vida, ramo mandar essa menina pra longe!
Maria de Lurdes: Mandar
pra onde? E como?
Getulio: Podemos
pedir ajuda à Dona Memê. Ela vai ajudar nóis.
Maria de Lurdes: Me
conta teu plano.
Getúlio: A gente
pede a ela pra entregar nossa irmã a um orfanato ou a uma família rica que ela
conhece lá do Sobral.
Maria de Lurdes: E
se a Dona Memê não aceitar?
Getulio: A gente
diz que a Quitéria tá correndo perigo e que ela é muito pequena pra se
defender.
Maria de Lurdes: Boa
ideia! Quando vamos fazer isso?
Getulio: O mais
rápido possível.
Maria de Lurdes: Eu
vou contigo.
(Quitéria entra)
Quitéria: Aonde?
Continua quinta-feira 12 de julho as 13h aqui no Portal Jovem

