***CAPÍTULO 7***
(Na
casa de Dona Iracema, em Sobral)
Iracema:
Você vai ficar no quarto de hóspedes.
Getúlio:
Obrigado, tia.
(A
campainha toca, Iracema vai atender. É Antonio:)
Antonio:
Há quanto tempo, irmãzinha. Eu rim buscá meu fi. E num sai daqui sem ele!
(Casa
de Edvirgens, o trabalhador tenta reanimá-la, mas vê que é inútil)
Trabalhador:
Dona Edvirgens! Dona Edvirgens! Chega, minina, ajuda aqui! Tem que levar
pro doutor!
(Eles
pegam Edvirgens e a levam para o hospital)
(Enquanto isso na casa
de Dona Iracema)
Antonio: Getulio,
rem comigo!
Iracema: Espere,
eu posso explicar!
Antonio: Cala a
boca! Eu só volto pra casa quando o meu filho for comigo, entendeu?
(No Hospital de Santa
Quitéria, todos estão na Sala de Espera. O Médico vem)
Trabalhador: E
então, dotô? Como que tá dona Edvirgens?
Médico: Terá que
ir para Sobral ou...
Maria de Lurdes: Ou?
Médico: ou Ela
Morrerá!
(Casa de Dona Iracema.)
Getulio: Num rai
me lerrá de volta! Num rai me lerrá de volta!
Antonio: Se num
fô por bem, rai à força!
Iracema: Getúlio,
meu filho, é melhor obedecer seu pai!
Getúlio: Tá bem,
eu vou! Não porque ele tá mandando, mas porque é um conselho seu, tia Iracema.
(Os dois entram no carro
rumo a Santa Quitéria. Antonio o ameaça:)
Antonio: E tu,
seu fi ingrato, eu tenho é pena da tua alma se um dia tu ousar tentar fugir de
novo de mim. Nem que seja no fim do mundo, eu rô te buscar!
(Enquanto isso, na
ambulância, o Trabalhador leva Edvirgens para Sobral)
Trabalhador: A
senhora tem que viver, Dona Edvirgens! Seus fi num pode ficá sozim com o
patrão. Ele é ruim demais...
(Antonio chega em casa
com Getulio, lá ele vê a porta do quarto arrebentada. Furioso, ele pergunta:)
Antonio: Quem
libertou aquela maldita?
Maria de Lurdes: Um
dos seus trabalhadores.
Antonio: E por
que que ele fez isso? Eu mandei ela ficar trancada? Diz o nome desse animal e
eu mesmo mato. Cadê tua mãe?
Quitéria: Tá no
Sobral.
Antonio: Ah, foi
evitar que eu matasse a cria dela, não é? Pois aqui está o Getulio! Ela que
volte, porque com ela vou fazer pior!
Maria de Lurdes: Tarde
demais, pai. A mãe... A mãe tá morrendo... na Santa Casa... ela vai morrer de
fome, e da surra que o senhor deu nela!
Continua... Sábado -30 de junho as 13h

