Pesquisadores incendeiam uma área de 1 milhão de m² para estudar efeitos das queimadas
Disponível em ( www.globoamazonia.com)
Cientistas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e do Woods Hole Research Center (WHRC), dos EUA, fizeram, na última semana, a queima de 100 hectares (1 milhão de metros quadrados) de floresta numa fazenda de soja em Querência (MT) para estudar o efeito do fogo sobre a mata.
A pesquisa, que acontece há 7 anos, tem a intenção de obter dados detalhados sobre as consequências de sucessivos incêndios na vegetação, quanto emitem de carbono na atmosfera, além de formas para recuperar o que foi destruído.
No experimento, a floresta é incendiada com o equipamento apelidado de "pinga-fogo", que usa querosene como combustível. (Foto: Dennis Barbosa/Globo Amazônia)
Para levar a experiência a cabo, os pesquisadores fizeram o inventário de 10 mil árvores no terreno, para poder registrar o que aconteceu com elas.
De acordo com Paulo Brando, um dos ecólogos que lideram a pesquisa, foi surpreendente notar que a área incendiada a cada 3 anos sofria danos mais severos que aquela queimada todo ano. Ainda assim, ressalta que, em ambos os casos, o ecossistema foi profundamente alterado.
Jennifer Balch, pesquisadora do WHRC, explica que, das dez espécies de árvores dominantes (ou seja, aquelas que se apresentam com mais abundância naquela região), quatro desapareceram por causa das queimadas repetidas.
A fauna local, por sua vez, tem um comportamento diferente. Oswaldo Carvalho Jr., do Ipam, fez um levantamento dos insetos de solo e concluiu que o número de espécies presentes se manteve apesar do fogo. A abundância de animais de cada espécie, no entanto, e a proporção de suas populações mudou, o que representa um desequilíbrio no ecossistema.
A pesquisa, que acontece há 7 anos, tem a intenção de obter dados detalhados sobre as consequências de sucessivos incêndios na vegetação, quanto emitem de carbono na atmosfera, além de formas para recuperar o que foi destruído.
No experimento, a floresta é incendiada com o equipamento apelidado de "pinga-fogo", que usa querosene como combustível. (Foto: Dennis Barbosa/Globo Amazônia)
Para levar a experiência a cabo, os pesquisadores fizeram o inventário de 10 mil árvores no terreno, para poder registrar o que aconteceu com elas.
De acordo com Paulo Brando, um dos ecólogos que lideram a pesquisa, foi surpreendente notar que a área incendiada a cada 3 anos sofria danos mais severos que aquela queimada todo ano. Ainda assim, ressalta que, em ambos os casos, o ecossistema foi profundamente alterado.
Jennifer Balch, pesquisadora do WHRC, explica que, das dez espécies de árvores dominantes (ou seja, aquelas que se apresentam com mais abundância naquela região), quatro desapareceram por causa das queimadas repetidas.
A fauna local, por sua vez, tem um comportamento diferente. Oswaldo Carvalho Jr., do Ipam, fez um levantamento dos insetos de solo e concluiu que o número de espécies presentes se manteve apesar do fogo. A abundância de animais de cada espécie, no entanto, e a proporção de suas populações mudou, o que representa um desequilíbrio no ecossistema.