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NOTAS DE UM DESTINO - CAPÍTULO 06

11 janeiro, 2014


***CAPÍTULO 6***
(Antonio vai até os carros, e fala ao motorista:)
Antonio: Tá indo pra Sobral?
Motorista: Tá sim, só esperando lotar.
Antonio: Pois eu vou.
(Antonio entra no carro e pensa.)
Antonio: “Nórramo rê se ele num rem comigo. Eu sô teu pai, moleque. Tu aprende.”
(Maria de Lurdes discute com Quitéria:)
Maria de Lurdes: Tu ficô doida, foi? Cumé que tu faz uma coisa dessa? O pai rai dá uma surra no Getúlio capaz até de matá ele.
Quitéria: Não, Lurdinha! O pai é bom! Ele se arrependeu! Ele quer que nóis seje de novo uma família unida.
Maria de Lurdes: De novo? E quando é que a gente foi? Ele te enganou, Quiterinha. Ele quer fazer mal nosso irmão. Ele trancou a mãe na camarinha!
Quitéria: E agora, Lurdinha, o que eu faço agora?
Maria de Lurdes: Depois a gente pensa. Agora eu preciso da tua ajuda. Vai no roçado e chama um trabalhador, mande ele vim aqui, mas num diz pra que é.
Quitéria: Tá, já vou.
(Quitéria sai correndo, Maria de Lurdes vai até a porta do quarto e diz à mãe:)
Maria de Lurdes: Mãe, aguenta só mais um pouco, eu consegui ajuda.
Edvirgens: Não, filha, eu acho que tá... chegano... no fim...
Maria de Lurdes: Não, mainha! Aguenta! Aguenta!
Edvirgens: Cuida... da Quite... quiterinha....!
(Edvirgens desmaia)
(Quitéria chega ao roçado e fala a um dos trabalhadores de seu pai:)
Quitéria: Ei, por favor, o senhor pode me ajudar?
Trabalhador: Que que tu tem, Quiterinha?
Quitéria: Depois eu te explico, vem ligeiro!
(Os dois saem correndo. Ao chegarem na casa, Quitéria diz:)
Quitéria: Aqui tá ele!
Maria de Lurdes: Graças a Deus! Arromba esta porta, por favor, moço!
Trabalhador: O que que tá acontecendo aqui?
Maria de Lurdes: A minha mãe tá trancada aí dentro da camarinha.
Trabalhador: Como isso aconteceu?
Quitéria: Foi o pai.
Maria de Lurdes: Quieta!
Trabalhador: O seu Antônio? E porque ele fez isso?
Maria de Lurdes: Brigas de casal! Mas é que ela tá sem comer. Eu só quero dá alimento a ela antes que ele volte.
Trabalhador: Mas ele vai notar a porta arrombada.
Maria de Lurdes: Eu juro que não digo que foi o senhor.
Trabalhador: Tá bem, são do mei... 1, 2, 3: (Trabalhador arromba a porta e encontra Edvirgens caída no chão). Ela tá desacordada!
Maria de Lurdes: O que? Mãe! Mainha! Acorda!
(As meninas tentam em vão reanimá-la)
(Na casa de Dona Iracema, em Sobral.)
Iracema: Você vai ficar no quarto de hóspedes.
Getúlio: Obrigado, tia.
(A campainha toca, Iracema vai atender. É Antonio:)
Antonio: Há quanto tempo, irmãzinha. Eu rim buscá meu fi. E num sai daqui sem ele!

Baseada no Argumento Original de: Francisco Freire Caetano Filho
Post. Augusto Freire
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