BROCAS EM ALCANTARAS
Com a proximidade da quadra chuvosa de 2014, agricultores do pequeno município de
Alcântaras já realizam os trabalhos de derrubada e queima de mata durante o trabalho
braçal conhecido popularmente como “broca”.
Na cidade onde a agricultura de
subsistência ainda ocupa um significativo percentual no gráfico indicador de
renda segundo o censo 2010 do IBGE a pratica rudimentar tem feito com que os
índices de desmatamento seguido de queimadas aumentem na região da Serra da
Meruoca. Os focos de queimadas
monitorados pela Fuceme e pelo Inpe demonstram que a pratica ainda é frequente
em Alcântaras. A situação decorre porquê mesmo apesar de está situado em uma
Área de Proteção Ambiental – APA a fiscalização na região é inferior a demanda
de denuncias e derrubada de mata que concentram-se sobretudo no periodo
compreendido entre julho a dezembro.
A APA da Meruoca cujo deveria ser
gerenciada pelo IcmBIO – Instituto Chico Mendes de Biologia foi criada através
de Lei Federal no ano de 2008, entretanto cinco anos passados da transformação
da região em Unidade de Conservação -UC pouca coisa foi feita, sobretudo pela
falta de um Conselho Gestor e pela constante omissão dos Conselhos Municipais
de Defesa do Meio Ambiente - COMDEMAS. Enquanto nada é feito pelos órgãos
ambientais competentes, o cenário da Serra tida como um oásis em meio ao Sertão
vai aos poucos transformando-se em cinza, o que tem ameaçado severamente o
ecossistema, a fauna e flora local.
Segundo ONGs da região a alternativa para diminuir
os índices de degradação estaria pautado na adesão e cultivo de multiculturas
por meio da implantação dos sistemas agroflorestais cujo já ocorre na
comunidade do Sitio Santo Elias em Meruoca desde de 2006 e tem apresentado bons
resultados no que refere-se a preservação ambiental, geração de renda e
ecoturismo.
Post. F.F.C.Filho