NO INICIO DA DÉCADA PASSADA NÍVEL DE DEGRADAÇÃO AMBIENTAL JÁ ERA DE 40%
Passados quase sete anos da instituição da Serra da Meruoca como Área de Proteção Ambiental ( APA) na prática a unidade de conservação federal ainda continua somente no papel.
Por meio da Lei Federal 11.891 de 24 de dezembro de 2008 uma área de mais de 29.361 hectares passaram a ser protegidos num faixa de abrangência que engloba em sua maior parte os municípios de Alcântaras, Meruoca, seguido de Massapê e Sobral. Apesar da grande conquista para o Bioma Caatinga e por prevê a conservação dos resquícios de Mata Atlântica, fauna e flora silvestre de serras úmida em meio ao semi árido, a APA Serra da Meruoca continua a ser degradada em grande escala.
No inicio da década passada, antes mesmo da aprovação do Projeto de Lei que elevou a região a condição de unidade de conservação, estudos apontavam índices de degradação em torno de 40% na Serra o que pode ter avançado no últimos quinze anos considerando que ações como queimadas, assoreamento de riachos, extração de granito em área de mata atlântica, uso de agrotóxicos e lixo tem provocado a exploração secular dos recursos naturais na região já bastante descaraterizada e com biodiversidade serrana ameaçada.
A área hoje gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade - ICMBio tem apenas um servidor para monitorar, fiscalizar e gerir a UC, em um escritório distante há mais de 20km da APA. Sem Conselho Gestor constituído o volume de denúncias que chegam as Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, ONG's e Conselhos Municipais de Meio Ambiente é gritante, porém quase nada tem sido feito porquê a responsabilidade pela Área concentra-se em uma única pessoa. Preocupados com a situação, ambientalistas da região tem buscado propagar alternativas para sensibilizar e amenizar o problema que já tem interferido diretamente no regime de chuvas da região, aumento da temperatura e extinção de espécies nativas. Alguns experiências exitosas, como cursos de permacultura, agroecologia tem sido praticados no Sitio Santo Elias em Meruoca, porém a ação ainda carece do apoio e maior investimento do poder público que mesmo sabedor do problema continua a deixar a APA somente no papel.
Post.Francisco Freire