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NOTAS DE UM DESTINO - CAPÍTULO 27 (INÍCIO DA 2ª TEMPORADA)

05 fevereiro, 2014


***Capítulo 27***
(Início da Segunda Temporada)

Eu tive uma infância difícil. A gente era agricultor lá em Santa Quitéria. O meu pai era viciado no álcool e quando bebia ficava violento. Daí, ele sempre descontava na minha mãe e nos filhos. A gente nunca estudou. Era direto no trabalho duro da roça. Até que... uma vez o meu pai bebeu tanto que agrediu a minha mãe, meu irmão fugiu de casa, e foi tudo muito rápido... minha mãe morreu e me forçaram a ir embora de casa. Fui morar com uma família rica de Sobral, mas eu fugi para um convento, onde as freiras me educaram e tentaram me mandar de volta para o meu pai. Mas não acharam ele. Daí, eu fui adotada por um casal de americanos, sem saber que eles eram contrabandistas e estavam com o casamento em crise. Por sete anos eu aguentei as brigas deles dois. Mas agora chega, eu quero viver minha vida.”
Rosa Maria: Bem, essa é a minha história! E você quem é?
Baluarte: O meu nome é Baluarte!
Rosa Maria: Nome diferente.
Baluarte: Na verdade é nome artístico. Meu nome mesmo é Zé Carlos, mas ninguém me chama assim. Prefiro ser chamado Baluarte.
Rosa Maria: Agora me conta tua história.
Baluarte: Agora não... Depois eu conto. Essa melodia da gaita, onde você aprendeu?
Rosa Maria: No convento. Irmã Cecília me ensinava música.
Baluarte: Toca um pouco mais. Sabe o que você devia fazer? Tocar gaita nas portas dos bares em troca de comida ou dinheiro.
Rosa Maria: Baluarte, como você consegue trocado?
Baluarte: Assim, ó!
(Baluarte faz aparecer uma flor detrás dos cabelos cacheados de Rosa Maria)
Rosa Maria: Você é um mágico?
Baluarte: Mágico eu? Que é isso? Eu sou um profissional ilusionista errante pelas ruas desta metrópole. Para servi-la. Aqui está meu cartão.
(Baluarte faz aparecer um cartão)
Rosa Maria: Obrigada.
(O cartão pega fogo. Rosa Maria se assusta e joga o cartão no chão)
Rosa Maria: Chega! Acode aqui!
(O cartão cai no chão e vira um pássaro que sai voando.)
Rosa Maria: É inacreditável! Baluarte, você deveria estar num circo!
Baluarte: Na rua eu me sinto mais livre.
Rosa Maria: E se a você se vestisse de Palhaços e fizesse mágicas ao som da minha gaita?
Baluarte: Assim?
(Baluarte pega três pedrinhas e começa a fazer malabarismos. Rosa Maria começa a tocar “Pé de Serra” na gaita. É quando Baluarte dá um pulinho e joga as pedras para cima a fim de cabeceá-las)
Rosa Maria: Cuidado!
(Baluarte cabeceia as três pedrinhas e elas caem no chão. Ele desmaia com a pancada. Rosa Maria ajoelha no chão para ajudá-la)
Rosa Maria: Baluarte! Baluarte! Ai, meu Deus! Que ideia é essa que cabecear as pedras?
Baluarte: Bu!
Rosa Maria: Ah! Que susto! O que deu em você?
Baluarte: Nada! Eu transformei as pedras em bolinhas de papel...
Rosa Maria: Meu Jesus... Você é incrível!
Baluarte: Sabe... Eu gostei de você!
Rosa Maria: Eu também...
(Os dois se beijam)

Post. Augusto Freire
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