***CAPÍTULO 16***
Maria de Lurdes: Quitéria
já deve estar indo embora. Eu acho é bom... Ela vai ser muito mais
feliz com uma família que a ame de verdade do que com um pai que a
maltrate.
Getulio: Não
devia falar assim... O pai ontem me disse uma coisa que eu fiquei
pensativo...
Maria de Lurdes: O
que?
(Antonio chega)
Antonio: Cadê
a Quitéria?
Maria
de Lurdes: Ela
foi embora... pra sempre!
Antonio:
Pra
onde?
Maria
de Lurdes: A
gente num sabe... mesmo que soubesse, não ia te contar pro senhor ir
atrás dela como fez com o Getúlio! Porque o senhor é um pai
ruim...
Getulio:
Para,
Maria de Lurdes, ele é nosso pai!
(Antonio senta e começa a chorar)
Antonio:
Por
que, meu Deus? É tudo minha culpa... Primeiro Edvirgens, e agora...
Quiterinha... a minha filha... minha pequena filhinha... Não é
justo, meu Deus!
Getulio:
Papai,
ainda tem tempo. Largue a bebida! Mude esse seu jeito violento,
procure ajuda! Um médico, o padre, sei lá... Se continuar assim,
papai, vai terminar só... Digo isso, porque eu lhe amo, como
filho... apesar de tudo!
Antonio:
Tem razão, filho... Venha! (os dois se abraçam chorando) Eu juro...
Dou a minha palavra que vou tentar mudar... Vocês dois me ajudam?
Maria
de Lurdes: Não
conte comigo!
Getulio:
Pois
eu estou do seu lado, pai! Vou te dar forças...
(As duas chegam em Sobral)
Dona
Memê: Vem,
sua órfã. Já sei a quem vou te entregar!
(Chegam em frente a Casa da Família Saboia. Dona Memê toca a
campainha e o Mordomo vem atender)
Mordomo:
Pois
não?
Dona
Memê: Sou
Margarida Gusmão. Vim ver minha amiga Rebeca Saboia.
Mordomo:
Um
momento, senhora!
Dona
Memê: Não
senhor, sou senhorita.
Mordomo:
Mil
perdões, senhorita Gusmão.
(Mordomo entra na casa. Dona Memê fala para Quitéria)
Dona
Memê: Você
vai adorar ficar aqui!
(Mordomo volta)
Mordomo:
Podem
entrar!
(As duas entram)
Mordomo:
E
a menininha? Quem é? Sua filha?
Baseada no Argumento Original de Francisco Freire Caetano Filho
Post. Augusto Freire