CAPÍTULO 39
Luigi: Valentino casou com Julia e lhe deu um filho. Mas Rigoberto armou um plano para afastá-lo da filha e Cassiano tomou o lugar dele sem que ninguém soubesse.
Policial: Essa é uma acusação muito grave.
Luigi: Eu matei um cara e acusaram o Valentino. Ele foi preso por 20 anos.
Policial: E porque está contando isso?
Luigi: Porque eu estou ferrado mesmo. Tudo virá à toa. Prefiro dizer por mim mesmo. Mas quanto ao Rigoberto, eu não o matei.
Policial: Então… quem foi?
Luigi: Não sei. Mas não fui eu. E quanto a mim. Podem me prender. Eu matei um homem há 20 anos e outro pagou no meu lugar. Me prendam.
(Valentino chega à delegacia. O policial sai para recebê-lo.)
Policial: Olá, que bom que veio. Pode entrar.
(Os dois entram)
Policial: Senta.
Valentino: No que posso ser útil?
Policial: Vou direto ao assunto: quem é você? E não minta, pois será pior.
Valentino: Eu sou Valentino Pires Cavalcantti. E…
Policial: E está foi acusado 20 anos por matar um homem.
Valentino: Mas eu não o matei.
Policial: Isso nós veremos! Sabe quem foi?
(Enquanto isso, Luigi é preso.)
Policial: É bastante, sr. Pires Cavalcantti. Está liberado. Mas não se afaste da cidade!
(Nisso, o policial e o delegado)
Policial: Estamos quase acabando, sr. Delegado. Só falta um pequeno detalhe. Todas as peças já se encaixaram. E se não me engano, a última peça virá ainda esta tarde.
(À tarde chega Cassiano)
Cassiano: Boa tarde, senhor delegado. Eu soube que meu irmão Cassiano esteve aqui dando depoimento.
Policial: Ah, sim, claro, seu irmão esteve aqui!
Cassiano: Só vim informá-los que ele deu informações falsas.
Policial: O que quer dizer?
Cassiano: Que eu sou o verdadeiro Cassiano Pires Cavalcantti. Ele se passou por mim!
Policial: Claro. Acontece que… quem veio aqui foi o Valentino. E nós já sabemos de tudo, Cassiano. Não adianta mais fingir. Você ocupou o lugar de seu irmão. E será preso. É melhor faciltar as coisas pra você.
Cassiano: Se é assim… Fui eu que matei o Rigoberto. Ele me obrigou há 20 anos a substituir meu irmão e eu aceitei. Mas durante todo esse tempo não pararam as chantagens até que eu não suportei e eu mesmo o matei para me ver livre dele e ter um pouco de paz de espírito.
Policial: E você acha que conseguiu?
Cassiano: Pelo menos livrei Cipozial deste parasita. Acho que fiz algo bom na vida.
Policial: E agora? Que será de ti?
Cassiano: Prefiro a morte à cadeia.
(Cassiano consegue escapar, entra no carro e acelera)
Policial: Atrás dele!
(Começa uma perseguição. Cassiano tenta cruzar a linha férrea e é arrastado pelo trem. Enquanto isso.)
Valentino (falando ao telefone): Sim. Sim. Está bem, estou indo aí.
Clarita: Aonde vai?
Valentino: Cassiano sofreu um acidente e está morrendo no hospital. Ele quer me ver.
(Valentino chega ao hospital e vê Cassiano desfigurado)
Cassiano: Aproxime-se! Aproxime-se mais! Mais!
Post. Augusto Freire
