Valentino: Só tem uma coisa que eu não entendo. Por que se calou durante todo esse tempo se sabia que algo ia mal?
Clarita: Sempre fui de observar… Quando percebi que Mario escondia alguma coisa… eu entrei no jogo.
Valentino: Obrigado, Clarita. Será assim até que tudo se resolva.
Clarita: Mas antes, você vai ter que me explicar: como isso tudo começou?
(Enquanto isso)
Cassiano: Você não pode fazer isso! Seria como desrespeitar seu avô.
Plácido: Sinto muito pai. Mas não vou abrir mão dos meus projetos por causa da tirania dele. E só você pode me ajudar.
Cassiano: Eu o proíbo.
Plácido: Então lhe desobedeço. E com licença.
(Plácido sobe)
Cassiano: Rigoberto precisa saber disso.
(Cassiano pega o telefone)
Cassiano: Rigoberto, precisamos nos ver o quanto antes. é, a casa caiu.
(Enquanto isso)
Valentino: E tem sido assim todo esse tempo. Por isso quero me vingar de todos os que me prejudicaram.
Clarita: Você sofreu muito, Valentino. Mas não acha que seria melhor esquecer?
Valentino: Clara! Foram 20 anos sofridos. Não me diga pra esquecer. Tem um outro cara se passando por mim e o meu filho acha que ele sou eu. A minha esposa acha que eu sou eu. Todos acham isso. E você me pede que eu ignore?
Clarita: Eu sei, mas…
Valentino: Não, Clara. Justiça seja feita. O Cassiano e o Rigoberto vão me pagar por tudo. Por tudo. Ah, se vão!
(Cassiano vai à casa de Rigoberto)
Rigoberto: Senta, eu também tinha urgência em vê-lo. Estou sabendo de tudo.
Cassiano: Como ficou sabendo?
Rigoberto: Sua mãe me disse. Ele foi vê-la se passando por você!... Parece que ela não percebeu a troca. Graças a Deus. Mas, e em sua casa, como foi?
Cassiano: Esteve cara a cara comigo, me ameaçou.
Rigoberto: Não tenha medo. Eu lhe protegerei, como sempre o fiz.
Cassiano: E se passou por mim diante de Julia.
Rigoberto: Como? Minha filha o viu?
Cassiano: Sim, e mais. Ele não perdia a chance de jogar indiretas na minha cara. Mas, ela não se tocou.
Rigoberto: Magnífico! Viu só? Por ora, não há o que temer, ele parece que caiu no esquecimento.
Cassiano: Mas o meu medo é que… Ele esteve com Plácido.
Rigoberto: E daí?
Cassiano: Não esqueça que Plácido quer lhe tirar a prefeitura. E quer que eu seja vice.
Rigoberto: Ainda não entendi o seu medo.
Cassiano: Ele vai conseguir com a ajuda do Valentino.
Rigoberto: Temos que evitar isso. A não ser que…
Cassiano: Que...?
Rigoberto: Acaba de me ocorrer uma ideia: aceite ser vice. Eu manipularei você. Como sempre.
Cassiano: Mas não esqueça que Plácido pode ter o Valentino como um grande aliado. As ideias do menino são do pai.
Rigoberto: CALE-SE! Você é o pai do meu neto e nunca esqueça. E quanto ao Valentino, é bem simples… Matamos ele… É simples assim: matando o cérebro, o corpo desanda… Cassiano, seu irmão vai MORRER!
Post. Augusto Freire
